O Ministério Público de Arapongas e uma entidade classista de policiais pediram e Judiciário confirmou hoje que determinou a interdição da Cadeia Pública da cidade, que está com 150 detentos num espaço construído para acomodar apenas 38 pessoas encarceradas. Uma série de problemas apontados, entre os quais presos com tuberculose, foi apresentada à Assembleia Legislativa e à Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp). Uma das soluções seria a construção de um minipresídio em Arapongas, que já tem terreno disponível para essa finalidade.
O delegado titular da 30ª Delegacia Regional, Walter Helmut Ecekert Júnior, confirme que faltam de vagas, há superlotação e faltam de condições necessárias de salubridade no local. "É um inferno e pode ser sem volta”, reiterou Valter. Um levantamento do MP apontou que existem 12 presos com tuberculose.
Desse total, cinco deles ganharam o benefício da prisão domiciliar, para poderem se tratar, mas um acabou morrendo. Outros sete que ficaram não oferecem risco de contaminação. Entretanto, os presos sofrem ainda com agressões entre eles mesmos. Um detento morreu em abril depois de ser agredido na Cadeia Pública de Arapongas.
A superlotação levou a três tentativas de fuga que, quando funcionários tentaram impedir, foram ameaçados pelos presos. Para o promotor Sidney Mainardes Júnior, que pediu a interdição da cadeia, a melhor saída seria a construção de um minipresídio, para desafogar o local.
Os detentos deverão ser encaminhados a outras unidade carcerárias, mas ainda não há nenhuma definição sobre como isso será feito.
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