A Polícia Civil apreendeu 37 celulares, drogas e facas na cadeia pública de Marilândia do Sul. A operação bate grade foi realizada na quinta-feira (20). Após a localização de objetos proibidos a polícia suspendeu o horário de visitas que aconteceria nesta sexta-feira (21). O adiamento revoltou mães e esposas de detentos.
Segundo o delegado Filipe Ribeiro Rodrigues, 50 homens estão presos na unidade que tem capacidade para apenas 8.
"Realizamos a operação, pois na cadeia todos os presos são perigosos e respondem por crimes como triplo homicídio, assalto, e tráfico de drogas", cita o delegado.
Os objetos foram apreendidos nas celas juntamente com os alimentos que os presos recebem dos familiares. De acordo com a polícia, a medida é necessária, pois os mantimentos também são usados como esconderijo de objetos proibidos.
Reclamação
Mães e esposas de presos da cadeia pública de Marilândia do Sul ficaram revoltadas após o cancelamento do horário de visitas. "Chegamos aqui e não pudemos entrar. Ninguém foi avisada", disse a apucaranense Mônica Alves, 37 anos.
Ela entrou em contato com a reportagem e relatou ainda que teria sido impedida de entregar alimentos ao filho que está detido na unidade. Segundo a cabeleireira, os mantimentos levados pelas mulheres teriam sido jogados no lixo.
"Isso é um descaso porque assim nós saímos no prejuízo. Muitas pessoas aqui não têm condições, vivem de cesta básica, se esforçam para comprar alimentos para ser jogado fora", comentou.
Mônica também afirma que os presos não estão sendo liberados para banho de sol. "Meu filho está preso há sete meses sem audiência. Os presos estão sem banho de sol.Tem gente lá que está até verde. Eu sei o que é de direito deles e o que estão fazendo é desumano", disse.
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