Um dos modelos financeiros que mais cresce em todo o país, o cooperativismo financeiro atrai cada vez mais clientes. No entanto, muitos ainda não sabem as diferenças entre uma cooperativa de crédito e um banco comum. De acordo com profissionais de instituições da região, diferenças no tratamento dado ao cliente, taxas mais baixas e participação nos lucros é o que vem atraindo pessoas a deixarem o sistema bancário convencional. Na próxima segunda-feira (4), é comemorado o Dia do Cooperativismo.
A primeira diferença que o novo cliente percebe é o tratamento dado pela cooperativa. “As cooperativas fazem o mesmo trabalho do banco, mas com um diferencial fundamental: o cliente é também dono da cooperativa, participando da administração, tendo voz ativa nas decisões e parte dos lucros.
A proximidade entre a estrutura e o cooperado é uma das grandes vantagens do segmento”, avalia Agnaldo Esteves, presidente do Sicredi Agroempresarial, que atende toda a região.Ele lembra ainda que as cooperativas têm isenção em algumas taxas, além de efetuarem cobranças mais justas pelos serviços. “As cooperativas não pagam IOF, por exemplo, o que reduz os valores de se manter uma conta na instituição. Além disso, as taxas são cobradas de modo a cobrirem apenas o valor necessário para a realização do serviço.
Não se visa lucro propriamente dito, já que ele teria que ser devolvido aos cooperados de qualquer forma”, explica.A ‘humanização’ do atendimento também é apontada por Osnei José Simões Santos, Presidente do Conselho de Administração do Sicoob Aliança, que atende toda a região, como um dos pontos mais importantes das cooperativas. “Os bancos são sociedades de capital, ou seja, quem tem mais dinheiro, manda mais.
Na cooperativa, todos têm voz, têm o mesmo peso de voto nas decisões, é uma sociedade de pessoas”.Ainda segundo ele, o conceito-chave das cooperativas também é diferente. “Há aqui um compromisso com a comunidade de cooperados, diferentemente das instituições bancárias comuns, onde o compromisso é com os acionistas e proprietários”, destaca.Todas essas vantagens fizeram com que, há 15 anos, o agricultor Valcir Recco trocasse a maior parte da sua movimentação financeira do banco para a cooperativa.
“Tive ao longo da vida muita dor de cabeça com os bancos, até chegar um ponto em que me senti obrigado a mudar. Logo que mudei para a cooperativa, me senti em casa: aqui sou respeitado e não tenho nada do que reclamar. Não troco por nada”, diz.
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