Todos os anos 40 mil pessoas perdem a vida no trânsito brasileiro. Somente no último final de semana cinco pessoas morreram em acidentes na região de Apucarana.
Na sexta-feira, uma colisão frontal entre um corsa e um pálio, na BR 376 em Marilândia do Sul, vitimou uma criança de dois anos e uma mulher, de 59 anos.
Já no sábado, uma jovem de 19 anos morreu após bater seu carro em uma caminhonete, em Cambira.
No domingo, mãe e filha morreram na BR 369, em Arapongas.
A violência no trânsito em 90% dos casos é decorrente de falha humana.“As principais causas é a imprudência ao volante. Neste final de semana na nossa região tivemos acidentes trágicos e em alguns casos ficou constatado que houve imprudência de alguns condutores”, avalia o inspetor da Polícia Rodoviária Federal de Apucarana e Mauá da Serra Pedro Faria.
Entre as imprudências determinantes para acidentes fatais estão o excesso de velocidade, a embriaguez ao volante, o desrespeito à sinalização de trânsito, e a condução de veículos sob o efeito de drogas.
“O excesso de velocidade aliada com a ultrapassagem mal sucedida, normalmente, causa a colisão frontal, que resulta em acidentes de grande monta, que vem vitimando as pessoas. A orientação da Polícia Rodoviária Federal é para que os motoristas dirijam com prudência, com responsabilidade, com atenção e obedeçam as leis de trânsito para que todos tenham uma viagem segura”, orienta o inspetor.
Mas quando a viagem é interrompida por acidentes, os danos psicológicos, econômicos e sociais causados podem ser imensos. As consequências vão desde um simples stress até a depressão.
A pessoa caminha deste uma ansiedade generalizada, deixa de ter contato com o outro, ou seja, a vida produtiva e social dela acaba prejudicada, e acaba muitas vezes partindo para outros caminhos, como a depressão e a agressividade, que precisam ser tratadas”, avalia a psicóloga especialista em psicologia de trânsito a Rosângela Bacron. A profissional ainda acrescenta o ponto de vista econômico. “Quando a família perde alguém ou existe alguém acidentado, automaticamente deixa de ter qualidade de vida. “Então, o nível socioeconômico cai, a questão social também cai”, analisa.
Ela também ressalta o dano à saúde pública que recai sobre o com os custos de tratamento, auxílio previdenciário, pensão e auxílio doença.
Rosangela alerta sobre a necessidade de uma boa formação para a obtenção da habilitação e a importância do equilíbrio psicológico na direção.
“No momento em que percebemos qualquer problema com esse usuário e vamos transferir a ele, a primeira reação é de muito desequilíbrio emocional. Ele passa a negar que existe algum problema. O que precisa entender é que a habilitação que está prestes a receber, o documento que vai receber, é um porte para vida toda. E que vai colocar a vida dele, da família e das outras pessoas em risco, por isso, precisa esta cada vez mais treinado e habilitado para isso”, assinala.
Dirigir pode ser tornar uma atividade mais tranquila com a mudança de algumas atitudes. A primeira seria mudar o jeitinho brasileiro de deixar tudo para a última hora, como sair com antecedência e checar os itens de segurança do veículo.
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