Redução do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), não pagamento do Governo Federal dos restos a pagar e falta atualização de recursos dos programas federais são alguns dos motivos que levaram 25 das 26 prefeituras do Vale do Ivaí a não abrirem as portas ontem. A paralisação faz parte da campanha estadual de protesto encabeçada pela Associação dos Municípios do Paraná (AMP) que tem como objetivo chamar a atenção da população para a crise financeira que passam as prefeituras.
Na maioria das cidades a mobilização aconteceu no período da manhã em frente às prefeituras. O 2ª vice-presidente da AMP e presidente da Amuvi, Luiz Carlos Gil (PMDB) disse que as quedas no FPM afetam principalmente os municípios menores."A maior angustia do prefeito é saber dos problemas da cidade, ter a solução e não poder implementar. Se já estava difícil por conta dos poucos recursos ficou pior ainda com a queda no repasse do FPM”, assinala Gil.
Carlos Gil (PMDB) diz ainda que o maior problema da crise financeira dos municípios passa também pelos mecanismos de partilha da receita dos tributos. “É uma injustiça o que acontece com o bolo de arrecadação, precisamos redefinir essa distribuição de recursos urgentemente. Hoje a União fica com 60%, 23% vão para os estados e apenas 17% para as prefeituras, que é onde realmente as coisas acontecem. Se não houver essa redefinição em pouco tempo os municípios entrarão em colapso”, denuncia Carlos Gil.
Em Ariranha do Ivaí, o comércio da cidade apoiou o manifesto da Prefeitura e também fechou as portas no período da manhã. O prefeito Silvio Gabriel Petrassi (PMDB), lembra que os recursos do FPM são primordiais em pequenos municípios. “O nosso município só vai continuar a ter vida se receber o que realmente merece. Dessa maneira que está acontecendo com certeza será a falência total”, destaca Petrassi.
A prefeita Neuza Pessuti (PMDB) diz na atual situação, as prefeituras corremo risco de deixar de atender os serviços básicos e essências na vida da população. . “Só no mês de agosto deste ano nós perdemos 38% de recurssos, algo em torno de R$ 156 mil. Por outro lado subiu tudo, a água, a luz, o combustível, os salários e o repasse só vem cainda, fica difícil administrar dessa forma”, reclama Neuza.
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