As denominadas "pulseiras do sexo" têm gerado muita polêmica e preocupação no meio estudantil depois de um caso recente de estupro de uma adolescente em Londrina e até da morte de uma menina em Manaus (AM), em suposta decorrência do uso do adereço.
Por essa razão, o Núcleo Regional de Educação (NRE) de Apucarana recomendou e a direção e o corpo docente do Colégio Estadual Nilo Cairo convocaram uma reunião com pais e alunos, na noite de quinta-feira (8), para um trabalho conjunto de conscientização.
Uma equipe do Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária da Polícia Militar (PM) fez explanações aos pais no Salão Nobre do estabelecimento de ensino público sobre como evitar possíveis problemas para os filhos com o uso das pulseiras. De acordo com a PM, essa situação os abusos sexuais tem como pano de fundo.
A equipe da Patrulha Escolar iniciou o debate lembrando o artigo 70 do Estatuto da Criança e do Adolescente, que diz: - É dever de todos prevenir a ocorrência de ameaça ou violação dos direitos dos menores - . "Isso implica em ficarmos atentos e orientarmos nossos filhos sobre a simbologia enganosa dessas chamadas pulseiras do sexo. Nesta sibologia, quem arrebenta o acessório recebe um bônus ou retribuição sexual da dona do adereço que varia de acordo com a cor do produto - se for roxa, vale beijo de língua; preta, sexo, entre outras possibilidades mais ousadas", detalhou o soldado Ademir Matichen, da Patrulha Escolar Comunitária.
A policial militar Ediléia Silva explicou que a PM e os professores não têm poder legal para apreender as pulseiras. "Se fizéssemos isso, estaríamos incorrendo em abuso de autoridade. Portanto, cabe aos pais sempre ter muita atenção e orientar e até proibir seus filhos de fazerem coisas que podem trazer resultados negativos, como no caso do uso da chamada pulseira do sexo", ressaltou Ediléia. A Patrulha Escolar realiza o mesmo tipo de trabalho de conscientização em outras escolas de Apucarana, de sala em sala.
O professor José Carlos da Silva, diretor auxiliar do Colégio Nilo Cairo, confirmou que não cabe à escola proibir o uso das pulseiras. "O nosso papel é o de conscientizar os alunos sobre no que isso implica. Avalio que combatendo o uso dessa pulseiras estamos combatendo a pedofilia e seus efeitos perniciosos", afirmou José Carlos.
A professora e pedagoga Arlene de Fátima Ferreira Nacário destacou a importância do acompanhamento por partes dos pais em relação à vida escolar dos alunos. "Esse acompanhamento é fundamental, pois a participaçaõ efetiva dos pais nesse processo faz a diferença na aprendizagem escolar", frisou Arlene.
PALESTRA - A reunião no Colégio Nilo Cairo contou ainda com a presença do presidente do Conselho Comunitário de Segurança de Apucarana (Conseg), tenente Antônio Glênio de Oliveira Machado. Ele lembrou que no dia 24 de maio à noite haverá umja palestra sobre a prevenção da pedofilia no Cine Teatro Fênix. A preletora será a sargento da PM do Paraná Tânia Guerreiro, especialista no assunto. "Em novembro de 2009 a sargento Tânia fez explanações sobre o tema para 700 pessoas na cidade. O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente(CMDCA) convida toda a comunidade para assistir a palestra "Pedofilia – Quebrando o Silêncio”, que preliminarmente está marcada para o dia 26 de maio no Cine Teatro Fênix, a partir das 19 horas" adiantou Glênio.
Entre os temas em debate estão: como identificar o pedófilo; o que o atrai; qual sua preferência; quais os sinais que a criança abusada sexualmente apresenta; qual o papel dos pais; como a criança vítima de pedofilia se comporta; papel do professor, a pedofilia no mundo; e leis sobre pedofilia.
Modismo das pulseiras veio da Inglaterra
As pulseira do sexo já estão proibidas em Londrina, Maringá e Manuas. Projeto de Lei nesse sentido já foi aprovado em primeira votação na Câmara de Vereadores de Apucarana.. "Nele, quem arrebenta o acessório recebe uma retribuição sexual da dona do adereço que varia de acordo com a cor do produto --se for roxa, vale beijo de língua; preta, sexo, entre outras possibilidades.", explica a Agência Folha.
As pulseira do sexo já estão proibidas em Londrina, Maringá e Manuas. Projeto de Lei nesse sentido já foi aprovado em primeira votação na Câmara de Vereadores de Apucarana.
Em Apucarana, a Câmara de Vereadores aprovou na segunda-feira (05), por unanimidade em primeira discussão, projeto de lei de autoria da vereadora Lucimar Scarpelini (PP), que proíbe a venda e o uso das pulseiras. "Temos meninas de 8 ou 9 anos usando essas pulseiras. É uma situação que exige uma reação de toda a sociedade”, argumentou a vereadora. O projeto vai a mais duas discussões na Câmara de Apucarana e, conforme vários vereadores, deve ser aprovado com facilidade.
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