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Agricultores vão recolher 4,6 mil toneladas de embalagens de agrotóxicos no Paraná

O Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev) divulgou dados que apontam crescimento de 4% no número de embalagens de agrotóxicos devolvidas pelos agricultores paranaenses em junho. Nesta semana, foi assinado convênio que renova a

Da Redação

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Desde 2003, o Paraná desenvolve um programa de recolhimento e retirada do meio ambiente das embalagens de produtos agrícolas
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Desde 2003, o Paraná desenvolve um programa de recolhimento e retirada do meio ambiente das embalagens de produtos agrícolas
Escrito por Da Redação
Publicado em 09.07.2010, 14:00:00 Editado em 27.04.2020, 20:59:57
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O Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev) divulgou dados que apontam crescimento de 4% no número de embalagens de agrotóxicos devolvidas pelos agricultores paranaenses em junho. Nesta semana, foi assinado convênio que renova a parceria entre o Estado e o instituto por mais um ano.

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Desde 2003, o Paraná desenvolve, em parceria com os agricultores, órgãos estaduais, indústrias de defensivos agrícolas e Universidade Federal do Paraná, um programa de recolhimento e retirada do meio ambiente das embalagens de produtos agrícolas. O documento foi assinado pelo secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Jorge Augusto Callado Afonso, e o presidente do Inpev, João César Rando, com o presidente do Instituto das Águas do Paraná, João Samek, e o reitor da Universidade Federal (UFPR), Zaki Akel Sobrinho

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Durante sete anos, já foram recolhidos 33 mil toneladas de materiais. Quando o Programa de Recolhimento de Embalagens foi lançado, o Paraná recolhia 200 toneladas de embalagens por ano e ocupava a nona colocação. Este ano, o Paraná deve recolher 4,6 mil toneladas de embalagens e ocupa a segunda colocação no ranking nacional. Segundo o Impev, essa quantia é maior que a recolhida pelos Estados Unidos e pelo Canadá, onde o programa é desenvolvido há 20 anos. “Os índices de recolhimento demonstram a participação efetiva e a conscientização ambiental do homem do campo. Hoje a tríplice lavagem e a entrega das embalagens já fazem parte da rotina dos produtores”, afirmou Callado

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O convênio garante o controle do recebimento das embalagens de agrotóxicos, atividades de educação ambiental, treinamento de operadores e técnicos, a fiscalização da destinação das embalagens dos defensivos agrícolas e as pesquisas voltadas às atividades estabelecidas.

EDUCAÇÃO - O presidente do Inpev, João Rando, disse que os índices paranaenses se devem ao trabalho de educação ambiental, promovido pelo Governo e instituições de ensino. Técnicos do Instituto das Águas promovem cerca de 10 treinamentos por ano, direcionados a agricultores, cooperativas, entre outros segmentos que estão contribuindo para os resultados.

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No mês passado, foram recolhidas 512 toneladas de embalagens vazias de agrotóxicos, o que representa 151 toneladas a mais do que o volume recolhido em abril, quando 361 toneladas foram destinadas para reciclagem. Somente nos cinco primeiros meses de 2010, os agricultores paranaenses contribuíram para o recolhimento de 1.889,4 mil toneladas de embalagens de agrotóxicos.

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“A média nacional de recolhimento é de 94%. O Paraná recolhe 98% de todas as embalagens que utilizadas no campo, o que representa 14% de todas as embalagens de defensivos agrícolas recolhidas no país”, ressalta Rando. Ele disse que a reciclagem das embalagens contribui para redução de gases de efeito estufa.

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“Entre 2002 e 2008, retiramos 108 mil toneladas de embalagens do campo no país. Isso significa que deixaram de ser emitidas 169 mil toneladas de dióxido de carbono. Ou seja, é como se você deixasse de extrair 350 mil barris de petróleo ou deixasse de cortar cerca de 816 mil árvores”, demonstrou o presidente do Inpev.

Segundo o Inpev, os municípios que lideram o ranking de processamento de embalagens no estado, nos primeiros meses de 2010 são: Palotina com 179 toneladas, seguida por Francisco Beltrão com 176,2 e Maringá com 158 toneladas.

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PARCERIA - Pelo convênio, cabe ao Inpev a responsabilidade sobre o transporte e destinação correta das embalagens vazias coletadas nas centrais e encaminhadas para reciclagem ou incineração. Já a UFPR realiza o trabalho de treinamento e pesquisa de campo, com o apoio de universitários e orientação dos professores.

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O Paraná conta com 75 pontos de recolhimento de recipientes: 14 centrais instaladas nos municípios de Cambé, Campo Mourão, Cascavel, Colombo, Cornélio Procópio, Maringá, Palotina, Ponta Grossa, Prudentópolis, Francisco Beltrão, São Mateus do Sul, Guarapuava, Santa Terezinha do Itaipu e Umuarama; e mais de 60 postos licenciados para o recebimento.

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A reciclagem dessas embalagens pode servir de matéria-prima para diversos outros produtos. São fabricados mais de 17 artigos, como barricas de papelão, conduítes, caixas de passagem de fios elétricos, embalagem para óleo lubrificante, sacos plásticos para descarte de lixo hospitalar, entre outros.

O presidente da Suderhsa, João Samek, o recolhimento de embalagens de agrotóxicos no Estado está cada vez mais sustentável. “Estes resultados podem ser atribuídos a todos os elos da cadeia como os agricultores, incluindo órgãos estaduais, as associações e indústrias que recolhem e retiram do meio ambiente as embalagens, mandando os passivos para serem processadas ou para a incineração”.

Já o coordenador do Programa de Recolhimento de Embalagens e diretor de saneamento ambiental do Instituto das Águas do Paraná, Rui Muller, contou que o a eficiência das parcerias do Programa está servindo como modelo para a correta destinação de outros resíduos. “A logística reversa deve estar presente em todas as indústrias que buscam a sustentabilidade ambiental dos seus produtos e que se preocupam com o meio ambiente. Por isso é muito importante que todas as embalagens produzidas tenham um ciclo completo, trazendo benefícios a economia, a geração de emprego e a qualidade de vida”, lembrou Rui Müller.

Fonte: Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná

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