A importância da implantação de sistemas de energia inteligente no Brasil é o tema abordado na Conferência Internacional de Energias Inteligentes, aberta nesta quarta-feira (07), em Curitiba. Voltado para profissionais do setor elétrico e de áreas relacionadas à Smart Energy, o evento segue até esta sexta-feira (09) com palestras de especialistas do setor elétrico e apresentações de cases nacionais e internacionais.
“As perspectivas de resultados positivos para o Paraná com a disseminação do uso e geração de energia por fontes renováveis, em meio à mudança de um modelo de distribuição de energia unidirecional para bidirecional, são muito promissoras e devem compor um projeto estratégico de governo”, disse o secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Carlos Gomes, na abertura do evento.
A conferência é uma das ações do Programa Smart Energy Paraná, criado oficialmente em setembro de 2013. O programa é formado por um Comitê Gestor multissetorial, constituído por representantes do governo, do setor empresarial e das universidades para concentrar esforços no desenvolvimento de novas tecnologias no uso e distribuição da energia.
Vinculado ao Programa Paraná Inovador, da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, o Projeto Smart Energy Paraná tem como meta promover a adequação da rede de energia elétrica convencional em rede inteligente e a disseminação da geração distribuída por fontes de energias renováveis e, também, incentivar modelos de aplicação para a eficiência energética. Outro objetivo é desenvolver competências locais neste tema e sensibilizar e educar a sociedade na utilização dessas novas tecnologias.
À frente da Secretaria Executiva do Comitê Gestor, Júlio Felix, diretor-presidente do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), ressaltou que o Estado está na dianteira quanto ao desenvolvimento de tecnologias para o uso mais eficiente da energia. "O evento mostra a disposição do Paraná em realizar trabalhos em conjunto, com entidades públicas, privadas e da academia, por um objetivo único”.
“A conferência debate o futuro da energia no país, com o Estado se propondo a liderar o desenvolvimento de novas tecnologias para a produção e distribuição da energia", disse o secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho. Ele lembrou que a demanda por energia será cada vez maior no futuro e a busca por eficiência no setor é fundamental para suprir essa necessidade. "A sociedade nos cobra cada vez mais rapidez nas soluções para os problemas e a conferência mostra o trabalho do Estado para apresentar novos projetos na área", explicou.
DESAFIOS – Após a abertura da conferência, Claudio Lima, consultor do Programa de Redes Elétricas Inteligentes - Smart Grid, do Governo Federal, fez palestra com o tema "Smart Communities no contexto de smart grid e geração distribuída". Ele falou sobre o desafio de adaptar a rede para um modelo que entenda que casas e prédios também vão produzir energia. "A geração distribuída é o futuro. Cada residência e prédio vai poder gerar a própria energia. Por isso, precisamos preparar nossas redes, deixando-as mais modernas e automatizadas para receber também a energia gerada por cada unidade. O conceito de smart community é cada casa gerando sua energia em rede, tornando a cidade mais inteligente no uso e distribuição", explicou.
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