A cena já está virando rotina pela manhã, na Avenida Munhoz da Rocha, em Apucarana. Moradores da cidade estão fazendo fila na porta do Centro de Distribuição dos Correios em busca de correspondências atrasadas por conta da greve da categoria.
A paralisação teve início no dia 14 de setembro e vem impedindo a entrega, segundo o coordenador local do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios no Paraná (Sinticom-PR), Fabiano Silvério, de cerca de 150 mil objetos.
Ele explica que este número faz parte de uma estimativa referente apenas a Apucarana. O cálculo compreende os dias úteis da greve e a média de entregas diárias que deixaram de ser feitas - aproximadamente 20 mil. “Estamos notando que, conforme a greve está avançando, mais pessoas têm ido até o Centro de Distribuição. Se antes eram em torno de cinco ou seis pela manhã, agora são cerca de 30, o que deve aumentar com a época da chegada das contas”, salienta.
Silvério observa que no município apenas os carteiros aderiram à mobilização nacional. De 30 funcionários do setor, 21 estão sem trabalhar, o equivalente a 70%. “Parte da região também deve estar sem cartas. Se a correspondência da pessoa estiver parada nos Correios, o mais fácil de achar são documentos, como de veículos, cartas registradas e encomendas do Sedex”, comenta.
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