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Vereador paulistano é acusado de campanha antecipada por pedido de voto de 'aliada'

O promotor Nelson dos Santos Pereira Júnior denunciou à Justiça Eleitoral o vereador de São Paulo Isac Felix (PL) por suposta campanha antecipada, o que pode levá-lo à condenação ao pagamento de multa no valor entre R$ 5 mil e R$ 25 mil, segundo legislaçã

Heitor Mazzoco (via Agência Estado)

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Escrito por Heitor Mazzoco (via Agência Estado)
Publicado em 18.07.2024, 16:49:00 Editado em 18.07.2024, 16:56:06
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O promotor Nelson dos Santos Pereira Júnior denunciou à Justiça Eleitoral o vereador de São Paulo Isac Felix (PL) por suposta campanha antecipada, o que pode levá-lo à condenação ao pagamento de multa no valor entre R$ 5 mil e R$ 25 mil, segundo legislação atual. Ao Estadão, a defesa do vereador disse que não comenta casos em tramitação. Na ação, advogados sustentaram que não há como responsabilizar parlamentar por atos de terceiros.

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Em um vídeo, uma mulher se apresenta a um grupo de moradores do Jardim Avenida, na zona sul de São Paulo, e, segundo o Ministério Público Eleitoral (MPE), pede voto explícito para o parlamentar nas eleições que se aproximam.

"Graças a Deus, hoje eu trabalho com o Isac, e perante a essa obra, a gente vai estar pedindo pra ele ajudar a gente da comunidade, entendeu? Eu espero que vocês acreditem, eu espero que realmente vocês venham comigo e venham com ele pra poder votar, pra gente fortalecer a nossa periferia e a nossa comunidade, porque a gente tem muitos que trabalham aqui (sic)", disse a mulher identificada no processo como Sol. O encontro ocorreu no dia 22 de março deste ano.

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Para o promotor eleitoral, há ainda outra prova. "Se não bastasse, todos os seus colaboradores ostentam camiseta com o nome do representado (vereador) e seu logo, uma lâmpada amarela, com os dizeres 'cuidando de pessoas', o qual é, inclusive, usado em redes sociais para divulgar seu trabalho político".

A legislação prevê multa por campanha antecipada para atos eleitorais que ocorram antes de 15 de agosto quando, de fato, começa o período para candidatos pedirem voto ao eleitorado.

Advogados do vereador afirmaram nos autos não ser possível responsabilizar o parlamentar por "atos de terceiros". "A munícipe que estava no local é provavelmente pessoa simples, não detendo conhecimento das normatizações eleitorais, que poderia causar sua manifestação, o que almejava era apenas solucionar a situação da necessidade local", citaram os defensores.

Os advogados afirmaram ainda que o Ministério Público não comprovou a relação do vereador com a munícipe que pede votos. "Conforme descrição da denúncia, quem realizou pedido de voto foi a munícipe 'Sol' e não o representado (Isac Felix), e nem pessoas relacionadas ao representado, tanto é verdade que a munícipe não estava nem com camiseta descrita na denúncia, estava com camiseta preta", afirmam.

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