O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou nesta quinta-feira, 29, todos os 37 ministros que vão compor a Esplanada em Brasília. Foram confirmadas Marina Silva (Meio Ambiente), Simone Tebet (Planejamento) e Ana Moser (Esporte). Elas se juntam a Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil) e José Múcio Monteiro (Defesa).
Nesta quinta, Lula apresentou 16 nomes. Ele havia costurado acordos políticos a até três dias da posse para abrir espaço para MDB, União Brasil e PSD. Com isso, busca garantir uma base de sustentação no Congresso.
A nova Esplanada
O terceiro mandato de Lula vai começar com uma participação feminina recorde na Esplanada dos Ministérios. Ao todo, estão confirmados os nomes de 11 mulheres no primeiro escalão do governo. O número supera o recorde anterior de Dilma Rousseff (PT), que assumiu a Presidência em 2011 com nove ministras.
Wellington Dias
Wellington Dias (PT) governou o Piauí por quatro mandatos e se elegeu senador neste ano. Ele foi cogitado para a pasta do Planejamento, mas acabou vencendo a disputa com a senadora Simone Tebet pelo Desenvolvimento Social.
Durante a transição, o ex-governador comandou as negociações do Orçamento de 2023. Dias foi encarregado de apresentar a Lula propostas protocoladas no Senado para tirar o Bolsa Família do teto de gastos, O programa de auxílio, uma vitrine do governo Lula, é gerido pela pasta que ficará sob o comando do senador eleito. Por isso, o PT não quis abrir mão da pasta em favor de Tebet, que reivindicava um cargo na área.
Anielle Franco
A ativista Anielle Franco comandará a pasta da Igualdade Racial. Ela é irmã da vereadora carioca Marielle Franco, assassinada em 2018, e dirige o Instituto Marielle Franco. Ela integrou o grupo temático de Mulheres na transição e demonstrava interesse em comandar essa área no ano que vem.
Anielle desbancou o sociólogo petista Marvs Chagas, que é secretário de Planejamento do território e Participação Popular da Prefeitura de Juiz de Fora (MG). Ela passou a contar mais recentemente com o apoio de setores dos movimentos antirracistas, como a Coalizão Negra por Direitos. No arranjo político para ocupar a pasta, a ativista deve ter Martvs como secretário de Promoção da Igualdade Racial, na SEPPIR. A equipe de Anielle deve contar ainda com Douglas Belchior (PT) na presidência da Fundação Palmares. Ele foi candidato a deputado federal por São Paulo e presidente da ONG de educação popular Uneafro.
Alexandre Padilha
O deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) comandará a pasta de Relações Institucionais, pasta encarregada de fazer a "ponte" entre o Palácio do Planalto e o Legislativo. Padilha vai contar com o auxílio de dois conhecidos parlamentares petistas: o deputado José Guimarães (PT-CE) será líder do governo na Câmara e Jaques Wagner (PT-BA) ocupará a mesma função no Senado.
Considerado hábil articulador político, Padilha já comandou a então Secretaria de Relações Institucionais no segundo mandato de Lula. Foi também ministro da Saúde na gestão de Dilma e candidato ao governo de São Paulo, em 2014. Na campanha deste ano, Padilha fez várias reuniões com empresários, a pedido de Lula, tanto que seu nome também chegou a ser cotado para a Fazenda. Médico, Padilha se aproximou ainda mais de Lula em 2019, quando o petista estava preso em Curitiba e perdeu o neto Arthur, de 7 anos.
Esther Dweck
A economista Esther Dweck será a ministra da Gestão. O novo Ministério da Gestão é fruto do desmembramento do atual "superministério" da Economia em Fazenda, Indústria e Comércio, Planejamento e Gestão.
Dweck atuou no Ministério do Planejamento no governo Dilma Rousseff, como secretária de Orçamento Federal. Graduada em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (URFJ), tem doutorado em Economia da Indústria e Tecnologia pela mesma universidade. É professora adjunta do Instituto de Economia da UFRJ, na área de Macroeconomia. O nome de Dweck também havia sido sugerido pelo movimento "Elas no Orçamento".
Nísia Trindade Lima
A presidente da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade Lima, será a primeira ministra da Saúde da história do País. Ela também foi a primeira mulher a assumir a presidência da Fiocruz nos 120 anos da existência da instituição.
Nome fundamental para a vacinação contra covid-19 no Brasil, a socióloga e pesquisadora já participou do processo de transição de governo na área. Ela deve assumir com a missão de comandar uma campanha nacional de imunização contra várias doenças em janeiro, segundo já afirmou o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB).
Geraldo Alckmin
Vice-presidente eleito, o ex-governador de São Paulo comandará a pasta de Indústria e Comércio. Estudioso de assuntos como reforma tributária, Alckmin tem bom trânsito no setor produtivo e, na avaliação de Lula, pode atuar como um facilitador do diálogo do governo com o mundo industrial. Desde que saiu do PSDB e aceitou ser vice de Lula, filiando-se ao PSB, Alckmin tem feito reuniões com empresários e especialistas em orçamento. Munido de um caderno universitário, o ex-tucano sempre anota as respostas às suas indagações sobre os problemas do País.
Quadro histórico do PSDB, o médico tornou-se companheiro de chapa de Lula após passarem boa parte dos últimos quase 30 anos em lados opostos do tabuleiro político. A última vez que Alckmin rivalizou com o Partido dos Trabalhadores foi nas eleições passadas, em 2018, quando disputou a Presidência e ficou em quarto lugar.
Márcio França
O ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB) vai assumir o ministério dos Portos e Aeroportos. Ele é ligado a Alckmin e foi uma das pontes para aliança entre o ex-tucano e Lula. Após meses de resistência, cedeu a candidatura ao governo paulista a Haddad e lançou-se ao Senado em chapa com o petista. Os dois saíram derrotados.
Tem 59 anos e é advogado formado pela Universidade Católica de Santos. Ocupou o cargo de secretário de Turismo de São Paulo. Foi governador de 2018 até 2019, após ser eleito vice na chapa de Alckmin. França também foi prefeito de São Vicente por dois mandatos e deputado federal.
Camilo Santana
Governador do Ceará por dois mandatos, Camilo Santana vai chefiar a pasta de Educação. Seu estado natal é considerado exemplo na política pública da área; ele vai fazer dobradinha no ministério com a ex-secretária de Educação cearense Izolda Cela.
Nascido no Crato, no interior do Ceará, Camilo é pai de três crianças, formado em Engenharia Agrônoma e já foi professor de faculdade técnica. Entrou na política como secretário de Desenvolvimento Agrário no governo de Cid Gomes em 2006. Em 2010 foi o deputado estadual mais votado do Ceará, continuou no governo como secretário das Cidades até 2014, quando se candidatou a governador. Antes de deixar o governo para se candidatar ao Senado este ano, Camilo ainda anunciou que todas as escolas de ensino médio do Ceará funcionariam em tempo integral até 2026.
Luciana Santos
A pernambucana Luciana Santos (PCdoB) foi anunciada como nova ministra de Ciência e Tecnologia. Presidente do seu partido e atual vice-governadora de Pernambuco, ela já foi deputada federal, participou da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara e atuou como secretária estadual da pasta em 2009, durante o governo de Eduardo Campos (PSB) em Pernambuco. Agora, assume o ministério em meio à pressão da comunidade científica em relação aos cortes promovidos pelo governo Bolsonaro (PL).
Formada em engenharia elétrica pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Luciana tem 56 anos e uma longa trajetória na política. Já foi deputada estadual e federal e prefeita de Olinda por dois mandados, entre 2000 e 2008, antes de cuidar da Ciência e Tecnologia no governo de Campos.
Silvio Almeida
O jurista e filósofo Silvio Almeida será ministro dos Direitos Humanos. Descrito por acadêmicos como um dos maiores intelectuais brasileiros da sua geração, ele terá o desafio de conciliar uma pauta de governo que foi alvo de denúncias por ONGs durante os quatro anos de Jair Bolsonaro no Executivo.
Notado por um grande trabalho na luta antirracista, Almeida é autor do livro Racismo Estrutural (Pólen, 256 páginas), publicado em 2019. É doutor em Direito pela Universidade de São Paulo (USP), presidente do Instituto Luiz Gama e do Centro de Estudos Brasileiros do Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa (IREE).
Luiz Marinho
O deputado federal eleito Luiz Marinho (PT-SP) será ministro do Trabalho. Marinho já havia ocupado o cargo nos dois primeiros mandatos de Lula, entre 2005 e 2008. Ele também foi ministro da Previdência Social.
Ex-prefeito de São Bernardo do Campo (SP), Marinho preside o diretório estadual do PT em São Paulo e foi eleito deputado federal nas eleições de outubro, após derrotas em disputas para o governo do Estado, em 2018, e para a prefeitura da cidade onde Lula tem domicílio eleitoral, em 2020.
Márcio Macêdo
O deputado Márcio Macêdo (SE), que foi tesoureiro da campanha presidencial e é um dos vice-presidentes do PT, ficará com a Secretaria-Geral da Presidência. Com essa configuração, o 'núcleo duro' do governo Lula 3, composto pela chamada "cozinha" do Planalto e pelo Ministério da Fazenda - cadeira para a qual irá o ex-prefeito Fernando Haddad - ficará nas mãos do PT. Macêdo tem formação em Biologia e coordenou as caravanas de Lula pelo Brasil em 2017 e 2018.
Jorge Messias
Servidor que ficou conhecido como "Bessias" no grampo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), Jorge Rodrigo Araújo Messias ficará responsável pela Advocacia-Geral da União (AGU). O apelido de Messias ficou célebre em março de 2016, quando o então juiz federal Sérgio Moro, encarregado de julgar os casos relativos à operação Lava Jato, tornou público um grampo de uma conversa entre Lula e Dilma Rousseff. "Seguinte: eu 'tô' mandando o 'Bessias' junto com o papel, pra gente ter ele. E só usa em caso de necessidade, que é o termo de posse, tá?", avisou ela ao agora presidente eleito.
Na conversa, Dilma dizia estar enviando a Lula o termo de posse, já assinado, para que ele assumisse a Casa Civil. O episódio resultou na apresentação de uma denúncia por parte do então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que acusou Dilma, Lula e o ex-ministro Aloízio Mercadante de tentar obstruir as investigações da Lava Jato.
Vinícius Marques de Carvalho
O próximo ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Marques de Carvalho foi presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e secretário de Defesa Econômica (SDE) do Ministério da Justiça do governo de Dilma. Ele atuou no Cade quando foi investigado o cartel de empresas que fraudou licitações no sistema metroferroviário de governos do PSDB, em São Paulo, e do DEM, em Brasília. Ele tem o apoio do Grupo Prerrogativas, coordenado por Marco Aurélio Carvalho, amigo de Lula, também cotado para o cargo.
Ex-filiado ao PT, ele comandou o Cade entre 2012 e 2016 e trabalhou como secretário de Direito Econômico do Ministério da Justiça no governo Dilma Rousseff. No segundo governo de Lula, foi conselheiro do Cade e integrou como chefe de gabinete a equipe da Secretaria Especial de Direitos Humanos. Atualmente, dá aulas na Universidade de São Paulo (USP) e tem um escritório de advocacia.
Cida Gonçalves
Cida, ou Aparecida Gonçaves, vai chefiar o Ministério da Mulher. Ela já havia sido secretária nacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher no primeiro governo de Lula, a partir de 2003. Natural de Clementina, em São Paulo, militou em movimentos sociais e espaços feministas em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
Ela se candidatou em 1986 pelo PT à Federal Constituinte. Em 1988 e 2000, saiu candidata à vereadora em Campo Grande. Foi assessora técnica e política da Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para a Mulher no governo do Mato Grosso do Sul de 1999 a 2000.
Fernando Haddad
Ex-ministro da Educação (2005 a 2012) e ex-prefeito de São Paulo (2013 a 2016), Haddad é advogado e professor. Ficou em segundo lugar na disputa pelo governo de São Paulo nas eleições deste ano, pelo Partido dos Trabalhadores.
Sua escolha para o cargo seguiu o script desenhado na campanha eleitoral, de que o ministro da Fazenda de Lula 3 seria um político, como foi com Antônio Palocci no seu primeiro mandato, há 20 anos. A indicação também revela o desejo de Lula de ter no comando da economia um nome com quem tenha proximidade, a despeito de fogo amigo dentro do PT enfrentado pelo futuro ministro desde sua campanha à Prefeitura. Uma das principais lideranças do Partido dos Trabalhadores, Haddad é o candidato natural à sucessão de Lula nas eleições de 2026.
Rui Costa
Economista, Rui Costa está no segundo mandato como governador da Bahia e vai chefiar a Casa Civil. Considerado dedicado e bom gestor, o chefe do Executivo baiano abriu mão de concorrer ao Senado para compor com aliados na Bahia e eleger seu sucessor, Jerônimo Rodrigues. Aliados e assessores descrevem Rui como uma figura muito hábil em construir parcerias com prefeitos baianos, o que lhe rendeu grande popularidade no interior.
Aos 59 anos, Rui Costa é formado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e começou a carreira política no Polo Petroquímico de Camaçari. Dirigiu o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Petroquímica (Sindiquímica) e ajudou a fundar o PT na Bahia ainda na década de 1980. O governador baiano também já foi vereador de Salvador (2000 e 2004), secretário de Relações Institucionais da Bahia e deputado federal pela Bahia pelo PT.
José Múcio Monteiro
Ex-deputado e ex-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Múcio foi um dos nomes do primeiro escalão antecipados por Lula. Ele assumirá a Defesa. Experiente parlamentar, amigo do petista e ex-articulador político no Palácio do Planalto, Múcio será o elo direto com as Forças Armadas e trabalhará para minar a resistência a Lula nas cúpulas militares e mudar o tratamento a comportamentos partidários.
Múcio, que se diz um "construtor de pontes", já começou a agir antes mesmo da indicação. Em contato com Lula, participou da escolha nesta quinta-feira, dia 8, dos próximos comandantes-gerais das três Forças. Os escolhidos foram o general Júlio César Arruda (Exército), o almirante Marcos Olsen (Marinha), e o brigadeiro Marcelo Damasceno (Aeronáutica). Os altos comandos das três Forças foram informados extraoficialmente.
Flávio Dino
Senador eleito no Maranhão com mais de 2,1 milhões de votos, Flávio Dino terá como objetivo à frente da Justiça o que ele e petistas classificam como "desbolsonarizar" a Polícia Federal (PF) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Além disso, em outro foco de ação, Dino pretende revogar decretos de armas assinados pelo atual governo.
Anos 54 anos, o governador tem experiência de atuação nos três Poderes da República: Legislativo, Executivo e Judiciário. Filiado ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Dino foi deputado federal pelo Maranhão entre 2007 e 2010, também atuou como presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), durante o primeiro governo Dilma Rousseff (PT) e foi governador do Maranhão por dois mandatos consecutivos (2014-2022).
Mauro Vieira
Diplomata e embaixador do Brasil na Croácia, Vieira é formado em Direito e ingressou no Ministério das Relações Exteriores em 1973. Possui bom trânsito político e convivência com parlamentares influentes no Congresso Nacional. Previamente, desempenhou as funções de introdutor e chefe de gabinete de Amorim. Nos governos do PT, ocupou as duas embaixadas mais prestigiadas, a de Buenos Aires (2004-2010) e a de Washington (2010-2014), até assumir o cargo de ministro das Relações Exteriores, em 2015, pela primeira vez, no governo Dilma Rousseff.
Aos 71 anos, Vieira retornará ao comando do Itamaraty com a missão recuperar a imagem do País no exterior, concluir negociações de acordos em andamento, como entre Mercosul e União Europeia, e retomar posições tradicionais da política externa brasileira, a exemplo do protagonismo na diplomacia verde.
Margareth Menezes
Cantora e compositora nascida em Salvador, Margareth Menezes tem 60 anos e é considerada um ícone do carnaval baiano e do samba. Ela foi convidada pelo governo eleito para o cargo com a missão de resgatar ações em uma área deixada de lado pelo governo Bolsonaro. Depois de encontro com Lula em Brasília, Margareth disse ter "aceitado a missão" e falou estar empenhada em formar uma força tarefa para "reascender a cultura no Brasil".
Apesar de não ter experiência na gestão pública, a artista é fundadora e presidente da Associação Fábrica Cultural, focada na economia criativa. A entidade sem fins lucrativos atua há quase duas décadas na Bahia com incentivo à comercialização e divulgação de empreendedores locais, principalmente mulheres, além de promover cursos em áreas como costura, design gráfico, estamparia, artesanato, línguas e literatura para crianças e adultos.
Apesar de não ter experiência na gestão pública, a artista é fundadora e presidente da Associação Fábrica Cultural, focada na economia criativa. A entidade sem fins lucrativos atua há quase duas décadas na Bahia com incentivo à comercialização e divulgação de empreendedores locais, principalmente mulheres, além de promover cursos em áreas como costura, design gráfico, estamparia, artesanato, línguas e literatura para crianças e adultos.
Simone Tebet
Escolhida para comandar o Ministério do Planejamento, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) assumirá a pasta após uma série de indefinições sobre seu espaço no governo e disputas com alas do PT e do MDB. A parlamentar, que termina seu mandato no Congresso neste ano, vai assumir uma pasta que trata diretamente da coordenação do Orçaento federal. Ela terá a missão de dialogar com deputados e senadores para construir uma peça orçamentária que atenda aos interesses do Executivo e do Congresso e fará parte do núcleo da equipe econômica do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que também contará com Fernando Haddad no Ministério da Fazenda, com o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin no Ministério de Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior e com Esther Dweck no Ministério de Gestão e Inovação.
Carlos Lupi
Presidente nacional do PDT e novo ministro da Previdência, Carlos Lupi vai voltar a participar de uma administração petista. Ele já ocupou o cargo de ministro do Trabalho entre 2007 e 2011, período que contemplou o segundo governo de Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira gestão de Dilma Rousseff. Lupi deixou o cargo em dezembro de 2011 e foi o sétimo ministro a cair no primeiro ano do governo Dilma, num processo conhecido como "faxina". Na ocasião, o pedetista foi alvo de diversas denúncias, como a de se beneficiar de convênios irregulares do seu ministério com ONGs e a de ter viajado em um jatinho de propriedade de um dirigente de uma ONG que possuía convênios com o ministério. Ele sempre negou todas as acusações.
Jader Filho
Além de ser filho do senador Jader Barbalho (MDB-PA), o futuro ministro das Cidades é irmão do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB). Filiado ao MDB, Jader Filho assumiu a presidência do partido no Estado em 2019, após o fim do mandato de seu pai, e permanece até hoje. Jader Filho irá assumir um ministério que deixou de existir durante o governo do presidente Jair Bolsonaro, quando a pasta foi fundida com o ministério da Integração Nacional e transformada em Ministério do Desenvolvimento Regional. Criada em 2003, durante o primeiro mandato de Lula, a pasta de Cidades tinha como objetivo combater as desigualdades sociais no ambiente urbano além de ampliar o acesso da população à moradia, ao transporte e ao saneamento. Durante os 15 anos em que existiu, a pasta foi responsável por um dos projetos vitrines do Partido dos Trabalhadores: o programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV).
Alexandre Silveira
Depois de coordenar a campanha de segundo turno do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Minas Gerais, o senador Alexandre Silveira (PSD) chega à Esplanada dos Ministérios como o escolhido pelo presidente eleito para chefiar a pasta de Minas e Energia. A nomeação do mineiro fica a cargo da "cota de nomes" proposta pelo seu aliado, o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco.
Nascido em Belo Horizonte, em 1970, antes de entrar no mundo da política, o senador se formou em direito e fez carreira como delegado de Polícia Civil, no município de Antônio Dias, na região do Vale do Aço.
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