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Veja o que os candidatos propõem contra a desigualdade de opções culturais em SP

Descentralizar a cultura em São Paulo aparece quase como uma unanimidade entre os principais candidatos a prefeito de São Paulo. Cinco dos seis candidatos mais bem posicionados na última pesquisa Ibope têm em seus programas de governo ideias específicas p

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 14.11.2020, 13:00:00 Editado em 14.11.2020, 13:08:23
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Descentralizar a cultura em São Paulo aparece quase como uma unanimidade entre os principais candidatos a prefeito de São Paulo. Cinco dos seis candidatos mais bem posicionados na última pesquisa Ibope têm em seus programas de governo ideias específicas para levar mais equipamentos de cultura ou fomentar iniciativas culturais nas periferias.

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De acordo com dados do Mapa da Desigualdade, do instituto Nossa São Paulo, regiões centrais da cidade chegam a ter 52x mais equipamentos públicos de cultura, como museus e salas de teatro, do que áreas periféricas. Dezoito distritos não têm nenhuma opção. Equipamentos do setor privado, como cinemas, estão na mesma situação: a Barra Funda, por exemplo, registra uma proporção de 11,3 salas de cinema para cada dez mil habitantes. Em regiões como Campo Limpo, Anhanguera, Guaianases e Vila Medeiros, a proporção é zero.

A falta de demanda não é uma justificativa válida para a inexistência de opções culturais, de acordo com a dentista Kamilla Zanesco, de 25 anos, moradora da Vila Medeiros, na zona norte. "Não temos opção. Na região é comum até sair da cidade e ir para Guarulhos para assistir um filme. As opções mais próximas ainda são longe."

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Para Cristiano Teodoro, de 42 anos, que é empresário na Vila Leopoldina, na zona oeste, o deslocamento até bairros com mais opções culturais chega a superar o valor de ingressos - algo que desestimula o hábito de atividades como teatro, cinema ou museus. "O deslocamento para chegar até um cinema ou teatro às vezes dá o preço do ingresso. É importante ter opções como teatros e cinemas num bairro residencial com muitas famílias e crianças como este."

O Estadão reuniu as propostas dos seis principais candidatos à Prefeitura: Bruno Covas (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL), Celso Russomanno (Republicanos), Márcio França (PSB), Jilmar Tatto (PT) e Arthur do Val (Patriota). Compare:

Bruno Covas

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Em busca da reeleição e primeiro colocado nas pesquisas, o atual prefeito propõe a implantação de "distritos criativos" com zonas de flexibilização tributária para incentivar a produção cultural no município. Além disso, ele fala em instalar hubs de startups e 13 novas Teias, espaços de coworking da prefeitura. Covas promete instalar um espaço cultural que funcione 24 horas em cada macrorregião da cidade e fala em revitalizar bibliotecas.

Guilherme Boulos

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O candidato do PSOL, numericamente à frente de Russomanno e França, mas empatado na margem de erro com os dois, promete aumentar orçamento de cultura para 3% até 2024. Ele também fala em criar editais e isentar IPTU de ocupações culturais dando prioridade aos territórios periféricos. O candidato também promete em seu plano de governo descentralizar a SP Cine.

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Celso Russomanno

Candidato do Republicanos, Russomanno fala de ampliar a Virada Cultural para toda a cidade e fomentar teatro amador, música e cineclubes espalhados pela cidade. Ele também promete incentivo à criação de novos espaços culturais áreas com poucas oportunidades e instalar cineclubes e teatros em 150 escolas até 2024. Russomanno propõe fomentar a produção audiovisual em São Paulo buscando registrar 2 mil produções por ano até 2024. Seu plano de governo cita duas ideias para atrair empresas: o programa 'Adote um cinema de rua' e 'Adota um teatro'.

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Márcio França

O candidato do PSB, Márcio França, promete constituir uma rede de formação cultural composta pelas escolas municipais e os equipamentos de cultura locais e regionais. Além disso, cita uma mudança na Virada Cultural: ele quer que o evento seja realizado quatro vezes ao ano, na virada das estações. A ideia é que o evento, patrocinado pela iniciativa privada, aconteça no centro histórico e simultaneamente em praças e espaços públicos nas 32 subprefeituras e seus distritos.

Jilmar Tatto

O candidato do PT, Jilmar Tatto, também promete aumentar o orçamento de cultura para 3% até 2024, destacando que 50% deste valor seria destinado à periferia. Ele fala em criar cinco centros de formação cultural e 16 novas Casas de Cultura, dando prioridade também às áreas periféricas. Tatto quer abrir um Banco Cultura Social para oferecer crédito a pequenos negócios da área da cultura.

Arthur do Val

O candidato Arthur do Val - Mamãe Falei, do Patriota, defende em seu plano de governo o fomento mínimo de cultura. Para ele, a iniciativa privada é capaz de suprir a demanda desta área na cidade de São Paulo.

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