O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) realizou nesta segunda-feira (8) o terceiro dia de julgamento que pode resultar na cassação do senador Sérgio Moro (União Brasil). O ex-juiz da Lava Jato é investigado por suposto abuso de poder econômico e caixa dois nas eleições de 2022. Nesta segunda-feira, a desembargadora Cláudia Cristina Cristofani e o desembargador Guilherme Frederico Hernandes Denz seguiram o voto do relator, Luciano Carrasco Falavinha, contra a cassação de Moro. O placar está em 3 a 1. O julgamento será retomado na terça (9), às 14h, quando deve ser concluído.
Segundo a desembargadora Cláudia Cristina Cristofani, os gastos milionários, mais expressivos, atribuídos à pré-campanha de Moro não estão comprovados nos autos. “Até o contrário, há prova de que não foram feitos pelo senador”, avaliou. Cristofani destacou ainda como não foi provado dolo ou má-fé do senador. Na avaliação da magistrada, os atos de pré-campanha de Moro mais prejudicaram do que ajudaram o senador.
O desembargador Julio Jacob Junior pediu vista, ou seja, mais tempo para análise do caso. Em seguida, o colega Anderson Ricardo Fogaça, indicou que aguardaria o posicionamento do colega para se manifestar. Já Guilherme Frederico Hernandes Denz indicou que anteciparia seu voto.
Denz indicou que, para avaliar o suposto abuso de poder econômico, não seve se considerar apenas os gastos da pré-campanha no Paraná, tampouco a soma das despesas de todas as pré-campanhas realizadas por Moro. Em sua avaliação, devem ser avaliados todos os atos, mesmo que realizados em outros Estados, que tiveram um impacto na campanha do ex-juiz ao Senado pelo Paraná.
Até o momento, dos sete desembargadores da Corte, quatro votaram. Veja quais foram os votos até momento:
- · Desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza: contra a cassação
- · Desembargador José Rodrigo Sade: a favor da cassação e pela inelegibilidade
- · Desembargadora Claudia Cristina Cristofani: contra a cassação
- · Desembargador Guilherme Frederico Hernandes Denz: contra a cassação
Com informações do Estadão e G1
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