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Temer descarta adesão das Forças Armadas a eventual golpe, mas critica excessos

O ex-presidente da República Michel Temer (MDB) afirmou que a campanha presidencial deste ano pode ser pautada por eventuais excessos e certa "ferocidade", mas minimizou a hipótese de ocorrer um golpe de Estado, temor despertado pela desconfiança demonstr

Celia Froufe (via Agência Estado)

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Escrito por Celia Froufe (via Agência Estado)
Publicado em 18.07.2022, 11:09:00 Editado em 18.07.2022, 11:14:38
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O ex-presidente da República Michel Temer (MDB) afirmou que a campanha presidencial deste ano pode ser pautada por eventuais excessos e certa "ferocidade", mas minimizou a hipótese de ocorrer um golpe de Estado, temor despertado pela desconfiança demonstrada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre as urnas eletrônicas. "Se fala de um golpe, mas eu não acredito que haja condições para isso", afirmou durante entrevista ao programa Canal Livre exibido neste domingo, 17, pela Band.

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De acordo com o ex-presidente, uma ruptura institucional só acontece se as Forças Armadas "quiserem". "Tenho absoluta convicção de que as Forças Armadas não entram nisso, portanto não haverá ruptura", disse. Na avaliação de Temer, as pessoas e corporações têm saído do seu "quadrado constitucional", o que está gerando "confusão". "O Tribunal (Superior Eleitoral - TSE) errou quando chamou setores das Forças Armadas para colaborar com as eleições", disse, salientando que esse setor já atua historicamente de várias formas nos pleitos, em especial na logística das urnas, no transporte a áreas remotas do País.

Temer relembrou o gesto que fez no último 7 de setembro, quando ajudou o presidente Bolsonaro a redigir uma carta reduzindo o tom golpista e afastando a ameaça de ruptura institucional. O emedebista minimizou a urgência daquele momento e classificou a ação como "pequena" e "modestíssima".

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Segundo ele, o gesto foi para pacificar o País e promover diálogo entre Executivo e Judiciário. "Para o meu paladar político e profissional, cumpriu-se a Constituição", disse. Naquela ocasião, Bolsonaro havia desautorizado o Supremo e ameaçado demitir o ministro Alexandre de Moraes caso ele não se enquadrasse em seus parâmetros. Agora, o chefe do Executivo promete fazer do próximo 7 de setembro "o maior possível".

O ex-presidente defendeu um "grande pacto" pela pacificação do País ainda este ano, após as eleições e antes da posse. Temer se coloca frequentemente como um "conselheiro" pela harmonia entre os Poderes. Ele sugeriu que o presidente eleito convide todos os governadores, presidentes dos Poderes e a oposição para dialogar e buscar sintonia antes do início do próximo governo.

O ex-presidente admitiu que a pré-candidata à Presidência pelo seu partido, Simone Tebet (MDB), tem poucas chances de vencer o pleito de outubro, mas destacou que não considera impossível. Para ele, um dos principais caciques do MDB, "tempo há" para Tebet deslanchar. "Ela saiu de 1% e está chegando a 4%. Temos dois meses e meio pela frente. Isso já aconteceu, mas não é fácil", afirmou.

Temer afirmou que Tebet "acabou ficando sozinha" após um discurso de que legendas se uniriam em torno de uma terceira via. Ele opinou que, junto à desistência de alguns candidatos próprios dos partidos que compunham as articulações, também houve uma abdicação da própria ideia da terceira via. "A terceira via esfarelou", concluiu. O ex-presidente também admitiu que o próprio MDB não conta com uma unidade nacional, mas salientou que, além de a divisão ser antiga, não está circunscrita a seu partido.

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