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Teich expõe cronologia da semana em que deixou o cargo e pressão pela cloroquina

O ex-ministro da Saúde Nelson Teich expôs na CPI da Covid a cronologia de sua saída da pasta em maio, quando foi pressionado a ampliar as recomendações do uso da cloroquina para pacientes da covid-19. Na semana em que pediu demissão do cargo, relembrou Te

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 05.05.2021, 12:17:00 Editado em 05.05.2021, 12:23:18
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O ex-ministro da Saúde Nelson Teich expôs na CPI da Covid a cronologia de sua saída da pasta em maio, quando foi pressionado a ampliar as recomendações do uso da cloroquina para pacientes da covid-19. Na semana em que pediu demissão do cargo, relembrou Teich, o presidente Jair Bolsonaro falou a apoiadores que o ministro da Saúde deveria estar afinado a ele, que defende o uso do medicamento sem eficácia comprovada, em divergência com Teich.

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Um dia antes de deixar o cargo, houve uma reunião entre Bolsonaro e empresários na qual o chefe do Executivo afirmou que a aplicação da cloroquina seria expandida. Na noite, foi a vez do presidente falar em "live" nas redes sociais sobre a expansão do uso do medicamento. Foi a gota d'água para Teich. "Ai no dia seguinte eu peço a minha exoneração", relatou o ex-ministro.

"Naquela semana teve uma fala do presidente ali na saída da Alvorada onde ele fala que o ministro tem que estar afinado, e cita o meu nome especificamente. Na véspera, pelo que eu vi, tem uma reunião com empresários onde ele fala que o medicamento vai ser expandido. A noite em uma live onde ele coloca que espera que no dia seguinte vá acontecer isso, que vai ter uma expansão do uso, e aí no dia seguinte eu peço a minha exoneração", explicou Teich.

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No depoimento, o ex-ministro repetiu que resolveu deixar a pasta onde atuou por quase um mês porque percebeu que não teria autonomia necessária para tocar as ações do ministério. "Aquela sequência mostrou que eu não teria autonomia para conduzir, e ali, não tinha sentido eu continuar. E até em respeito ao presidente, pela posição dele, ele que me colocou lá, ele que foi eleito pela sociedade. Então até numa posição natural, se o natural, já que não havia uma autonomia - e isso era um pré-requisito básico pra eu continuar -, na minha opinião, naquele momento, o certo seria em sair", disse o ex-ministro.

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