Durante o seu primeiro compromisso, neste sábado, 5, Tabata Amaral (PSB) realizou um pronunciamento sobre o caso do laudo falso apresentado pelo candidato Pablo Marçal (PRTB), como forma de abalar a imagem de Guilherme Boulos (PSOL). A deputada federal disse que foi a primeira a levar denúncias sobre o ex-coach para a justiça, declarando que ele representa um perigo para a sociedade e que deve responder judicialmente pelos seus atos.
Mais tarde, após a averiguação da falsidade dos documentos postados por Marçal e a decisão pela suspensão de seus perfis nas redes sociais, voltou a comentar o caso. "A demora dos meus adversários por conveniência eleitoral de enxergar isso, a demora do tribunal de observar isso é que nos trouxe até aqui", disse. "A gente não brinca com um criminoso. Um cara que cometeu tantas irregularidades não deveria nem ser candidato", declarou a candidata.
Em seu último dia de campanha eleitoral, a deputada escolheu apostar na proximidade com os eleitores e no apelo por ajuda para convencer os indecisos. "Acho que as pessoas estão entendendo que justamente por ser uma campanha de verdade, que tem menos recursos, não tem maquiagem, a gente depende muito desse boca a boca. Então pra ser sincera, a estratégia hoje é pedir muita ajuda", comentou.
Agenda com padrinhos
Tabata iniciou o dia na região da Vinte e Cinco de Março, onde levou mais de 1h30min para descer a Ladeira Porto Geral. No trajeto, a candidata manteve o caminho aberto para receber apoiadores e curiosos que se aproximavam, tiravam fotos e lhe contavam sobre alguma preocupação. Mulheres, crianças e adolescentes formaram a maior parcela de pessoas que a seguiam.
A agenda na região comercial contou com a presença do ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França (PSB), que esteve ao lado da candidata durante a sua chegada, mas não seguiu adiante com ela pela rua.
França também acompanhou a candidata em uma carreata pela Zona Leste de São Paulo, que teve início no Shopping Metrô Tatuapé e seguiu pela Radial Leste depois de circular pelo bairro da partida. Tabata utilizou o mesmo carro no qual o ex-prefeito Bruno Covas (PSDB) desfilou sua vitória em 2020. O Jeep conversível foi emprestado para campanha por um amigo de Covas.
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), também esteve com Tabata durante a agenda deste sábado. Os dois se encontraram na Casa do Pastel, no Tatuapé, antes de seguirem para a Praça do Morcegão, região da COHAB Padre Manoel da Nóbrega.
Alckmin utilizou o termo "selvageria" para se referir a eleição de São Paulo. "Isso já vem de algum tempo, eu acho que é um pouco também da escola Bolsonaro", disse. Para ele, Tabata soube mostrar maturidade e coragem para "colocar o dedo na ferida" durante a campanha e expor os problemas da cidade.
Segundo o vice de Lula, sua relação com o presidente se mantém boa, mesmo que ambos tenham escolhido apoiar candidaturas opostas. Na corrida pela Prefeitura de São Paulo, Lula apoia o candidato Guilherme Boulos. "Nós somos de partidos diferentes, então cada um estabelece o seu candidato. Tem muitas cidades que estamos juntos com o PT, cidades o PT nos apoia e outras, legitimamente, temos candidatos distintos", comentou.
Durante a segunda carreata, que passou por regiões movimentadas do Jardim Marília, Aricanduva e terminou no Carrão, Tabata recebeu algumas reações negativas e provocações, todas vindas de apoiadores de Marçal, que exibiam as mãos na forma de M, marca adotada pelo candidato durante a campanha. Eleitores também mostravam bonés do adversário e gritavam seu nome.
Após o percurso, a campanha se dirigiu para o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP) para realizar panfletagem. Tabata disse que pretendia seguir nas ruas até às 22h deste sábado.
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