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Tabata cogita Lu Alckmin ou Lúcia França para vice, mas mantém esperança sobre apoio do PSDB

Nome do PSB na disputa pela Prefeitura de São Paulo, Tabata Amaral (PSB) teve uma pré-campanha tumultuada, marcada pela troca de marqueteiro e idas e vindas nas conversas com o PSDB, cuja aliança permanece incerta. Às vésperas do início da corrida eleitor

Bianca Gomes e Pedro Augusto Figueiredo (via Agência Estado)

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Escrito por Bianca Gomes e Pedro Augusto Figueiredo (via Agência Estado)
Publicado em 18.07.2024, 16:31:00 Editado em 18.07.2024, 16:34:39
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Nome do PSB na disputa pela Prefeitura de São Paulo, Tabata Amaral (PSB) teve uma pré-campanha tumultuada, marcada pela troca de marqueteiro e idas e vindas nas conversas com o PSDB, cuja aliança permanece incerta. Às vésperas do início da corrida eleitoral, Tabata corre o risco de formar uma chapa puro sangue e ter o apresentador José Luiz Datena (PSDB), principal cotado para a sua vice, na disputa pelo espaço da terceira via.

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Diante desse cenário, a deputada já estuda soluções caseiras para sua vice. Entre os nomes cotados estão o de Lu Alckmin, esposa do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), e de Lúcia França (PSB), esposa de Márcio França (PSB), ministro do Empreendedorismo. Alckmin e França são principais fiadores da pré-candidatura da deputada federal.

Aliados de Tabata veem com ceticismo a pré-candidatura de Datena e ainda apostam na desistência do apresentador, o que poderia levar o PSDB a apoiar a deputada. Datena trocou o PSB pelo PSDB a convite dela e com a intenção de ser seu vice, mas acabou aceitando o convite dos tucanos para encabeçar uma chapa própria.

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Reservadamente, pessoas próximas à deputada falam em "traição" de Datena e "quebra de acordo" por parte do PSDB, mas Tabata deve aguardar uma resposta definitiva dos tucanos até a sua convenção partidária, marcada para o dia 27 de julho. Em uma tentativa de pressionar o PSDB, o PSB vinculou o cumprimento do acordo com Tabata ao apoio do PSB nas eleições de Campo Grande (MS), Florianópolis (SC) e Vitória (ES).

"Até a convenção o acordo segue o mesmo. Do meu lado, não vou voltar atrás. Sigo à espera da decisão do PSDB", disse Tabata ao Estadão. Os tucanos pretendem realizar a convenção partidária no dia 3 de agosto, mas a data ainda não foi oficializada.

"Se o PSDB me fez um convite para ser prefeito, o problema é entre a Tabata e o PSDB. Não sou traidor de ninguém", disse Datena durante sabatina do jornal Folha de São Paulo e do portal UOL na terça-feira. Integrantes do PSDB que desconfiavam há algumas semanas de que o apresentador seria de fato candidato mudaram de ideia após ele participar da entrevista e também ter realizado o primeiro evento de campanha de rua de sua vida ao caminhar pelo Mercado Municipal.

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Como a principal negociação era com o PSDB, o entorno de Tabata avalia formar uma chapa "pura" com um vice do PSB. Além de Lu Alckmin e Lúcia França, Floriano Pesaro, secretário na gestão Alckmin em São Paulo, também é cotado para a vaga. Diretor na Apex Brasil, o ex-tucano já participa da pré-campanha como coordenador do grupo de trabalho que estuda propostas para a Cracolândia.

Dificuldades no campo político à parte, a pré-campanha de Tabata enxerga com bons olhos o fato dela se manter estável nas pesquisas eleitorais mesmo com a entrada de novos pré-candidatos, como Pablo Marçal (PRTB) e o próprio Datena. Na mais recente pesquisa Datafolha, divulgada em 5 de julho, os dois aparecem com 11% e 10%, numericamente a frente da pré-candidata do PSB, que tem 7%. Porém, todos eles estão empatados tecnicamente dentro da margem de erro de três pontos percentuais.

Tabata também reforçou o peso da comunicação digital em sua pré-campanha, diante da previsão de que terá menos de um minuto de propaganda eleitoral por dia no rádio e na televisão. Um dos desafios dela é se tornar mais conhecida entre os eleitores. Ao Datafolha, 56% dos entrevistados disseram conhecê-la, mesmo que apenas de "ouvir falar". O percentual é inferior ao de Marçal (57%), Guilherme Boulos (79%), Ricardo Nunes (85%) e Datena (90%).

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"A gente vai enfrentar isso surpreendendo no debate, com trabalho sério de redes sociais e estando na rua de manhã, de tarde e de noite. Diante de tantos desafios que meus adversários têm, de denúncias e acusações que respondem, sou a pré-candidata cujo único desafio principal é o desconhecimento", afirma ela.

Após romper com o marqueteiro Pablo Nobel, ela contratou Pedro Simões para a função. Responsável pelas redes sociais da gestão de Eduardo Paes (PSD) no Rio de Janeiro, ele se soma a Guilherme Meles, que fez a comunicação de Tabata na campanha à reeleição para deputada em 2022.

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Tabata tem como inspiração nas redes o namorado João Campos (PSB), prefeito de Recife, e alcalde com mais seguidores entre as capitais brasileiras e costuma viralizar no Instagram, onde é acompanhado por 2,4 milhões de pessoas.

Outra estratégia neste campo será a utilização de inteligência artificial para abastecer um chatbot no WhatsApp quando a campanha começar a partir de 16 de agosto. A ferramenta ainda está em desenvolvimento, mas a ideia é que sirva para explicar as propostas da pré-candidata do PSB, tirar dúvidas dos eleitores e receber sugestões para o plano de governo. Segundo a pré-campanha, não haverá uso de IA para outras funções.

Tabata lança na segunda-feira, 22, uma websérie para contar detalhes de sua vida pessoal, profissional e política. Serão quatro episódios de 10 minutos publicados na pré-campanha e outros seis durante a campanha. O primeiro abordará a história do pai da pré-candidata, dependente químico que se suicidou quando ela era adolescente.

De acordo com a equipe de Tabata, também serão explorados temas como sua religiosidade, sua trajetória como aluna que chegou a Harvard, nos EUA, e o relacionamento com Campos.

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