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Sob custódia, Roberto Jefferson pode ter alta após 2 anos internado

O Hospital Samaritano Botafogo informou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que o ex-deputado Roberto Jefferson está em "condições de alta médica". Informações sobre o estado de saúde dele foram solicitadas por Moraes depoi

Raisa Toledo (via Agência Estado)

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Escrito por Raisa Toledo (via Agência Estado)
Publicado em 16.04.2025, 15:08:00 Editado em 16.04.2025, 15:12:49
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O Hospital Samaritano Botafogo informou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que o ex-deputado Roberto Jefferson está em "condições de alta médica". Informações sobre o estado de saúde dele foram solicitadas por Moraes depois que o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) autorizou que Jefferson cumprisse pena em prisão domiciliar.

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O ex-deputado permaneceu sob custódia porque tem uma prisão preventiva em vigor enquanto não se esgotam os recursos da defesa no STF. Ele enfrenta dois processos diferentes, nos dois tribunais, e está internado no hospital desde julho de 2023.

A instituição afirmou nesta quinta-feira, 16, que o quadro de saúde permite "dar continuidade ao seu tratamento fora do ambiente hospitalar". As informações são do UOL.

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A internação ocorreu depois que ele teve traumatismo craniano por conta de uma queda. Um laudo de 2023 indicou que Jefferson não levantava mais da cama, chorava, tinha alucinações e falta de apetite.

A decisão do TRF-2 de autorizar a prisão domiciliar foi baseada no relatório de uma junta médica ligada à Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Rio que avaliou o ex-deputado. De acordo com o documento, seu estado se complicou por condições relacionadas ao ambiente hospitalar, que geraram "situação de extrema debilidade".

Quando da autorização do Tribunal Regional, a defesa de Roberto Jefferson afirmou ao Estadão que aguardava a análise de Moraes sobre a conversão da prisão preventiva em domiciliar nos termos decididos pelo TRF-2. O comunicado ressaltou que não havia "análise judicial acerca de sua condição de saúde ou prisional há mais de cinco meses por parte do ministro relator".

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Poucos dias depois, Moraes determinou que o Hospital Samaritano Botafogo prestasse informações sobre o estado de saúde e sobre a possibilidade de que o ex-deputado deixasse a internação e retornasse ao estabelecimento prisional.

Na peça, assinada no dia 11 de abril, o ministro escreve que, durante 900 dias de prisão preventiva, ele esteve na unidade hospitalar por 677, sob o argumento de "absoluta necessidade de tratamento médico".

Moraes questiona o pedido da defesa para que a prisão preventiva seja convertida em domiciliar, em que é alegado que "há o reconhecimento expresso da Unidade Hospitalar particular que o tratamento recomendado pode se dar fora do hospital".

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"No momento anterior, para não ficar no estabelecimento prisional, a defesa alega necessidade de tratamento médico indispensável; agora, alega desnecessidade de internação no estabelecimento médico", diz o ministro.

Jefferson enfrenta dois processos

No STF, Jefferson foi considerado culpado por incitar pessoas a praticar violência contra parlamentares da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigava atos da Presidência da República durante a pandemia de covid-19 e a explodir o prédio do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também foi condenado por calúnia, por acusar o então presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG) de prevaricação; e por homofobia, por dizer que os integrantes da comunidade LGBTQIA+ representariam a "demolição moral da família". A pena fixada foi de nove anos, um mês e cinco dias de prisão.

Já no TRF-2, o processo do ex-deputado pelo PTB diz respeito ao ataque contra agentes da Polícia Federal que cumpriam um mandado de prisão expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, em outubro de 2022. Jefferson reagiu à abordagem com o lançamento de uma granada e disparos de fuzil, ferindo dois policiais.

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