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Silvio Almeida assinou lei que criou programa contra assédio sexual em órgãos públicos

Em abril do ano passado, o ex-ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida foi um dos ministros que assinaram uma lei que instituiu um programa de combate ao assédio sexual em órgãos públicos. Nesta sexta-feira, 6, ele foi demitido pelo presidente Luiz In

Gabriel de Sousa (via Agência Estado)

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Escrito por Gabriel de Sousa (via Agência Estado)
Publicado em 06.09.2024, 20:41:00 Editado em 06.09.2024, 20:46:44
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Em abril do ano passado, o ex-ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida foi um dos ministros que assinaram uma lei que instituiu um programa de combate ao assédio sexual em órgãos públicos. Nesta sexta-feira, 6, ele foi demitido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após virem à tona denúncias de assédio sexual. As vítimas seriam integrantes do governo, sendo uma delas a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. O ministro nega as acusações (veja abaixo).

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A lei em questão é a nº 14.540, que criou uma cartilha de enfrentamento ao assédio sexual a serem adotadas por autarquias e fundações públicas federais. Além de Silvio Almeida, assinaram a norma sancionada por Lula os ministros Camilo Santana (Educação), Flávio Dino (ex-ministro da Justiça, atual ministro do Supremo Tribunal Federal) e Cida Gonçalves (Mulheres).

A cartilha criada pela lei assinada por Silvio Almeida prevê que os órgãos públicos devem realizar uma "rápida adoção de medidas" para repreender servidores que cometerem assédio sexual. A norma também exige que as entidades implementem e divulguem campanhas que apresentem formas de identificar condutas ilícitas, além de disponibilizar canais de denúncia anônima.

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"Implementar e divulgar campanhas educativas sobre as condutas e os comportamentos que caracterizam o assédio sexual e demais crimes contra a dignidade sexual e qualquer forma de violência sexual, com vistas à informação e à conscientização dos agentes públicos e da sociedade, de modo a possibilitar a identificação da ocorrência de condutas ilícitas e a rápida adoção de medidas para a sua repressão", diz um dos trechos da cartilha.

A lei do ano passado mudou a forma com que os órgãos públicos devem lidar com os casos de assédio sexual. A norma estabelece que o governo vai ser responsável por apurar eventuais retaliações feitas contra as vítimas, testemunhas e investigadores de crimes sexuais feitos no ambiente governamental.

Silvio Almeida foi demitido após ser acusado de assediar membros do governo

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Lula decidiu demitir Silvio Almeida após considerar que a permanência do ministro no governo era insustentável. A exoneração ocorreu um dia depois da ONG Me Too afirmar, em nota, que ele foi denunciado por assédio sexual por pessoas ligadas ao governo federal. A organização omitiu o nome das denunciantes sob o argumento de que era preciso protegê-las, mas assegurou ter o consentimento das vítimas para expor o assunto.

De acordo com o portal Metrópoles, uma das vítimas seria Anielle Franco. A ministra ainda não se pronunciou sobre o caso.

Por meio de uma nota oficial publicada pelo Ministério dos Direitos Humanos nesta quinta-feira, 6, Silvio Almeida rechaçou as acusações e disse que toda denúncia deve ser apurada, mas destacou a necessidade de provas.

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"Repudio com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra mim. Repudio tais acusações com a força do amor e do respeito que tenho pela minha esposa e pela minha amada filha de 1 ano de idade, em meio à luta que travo, diariamente, em favor dos direitos humanos e da cidadania neste país", reagiu ele, em nota.

"Toda e qualquer denúncia deve ter materialidade. Entretanto, o que percebo são ilações absurdas com o único intuito de me prejudicar, apagar nossas lutas e histórias, e bloquear o nosso futuro", completou.

Silvio Almeida também gravou um vídeo e postou mensagem em sua rede social, repetindo o teor do que havia escrito.

Almeida é o quarto ministro do governo Lula a cair desde o início do mandato. Ele e o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias são os únicos demitidos por conta de denúncias veiculadas na imprensa.

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