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Senador do PL diz que PM deveria ter jogado homem do 'penhasco' e apaga post

O senador Jorge Seif (PL-SC) defendeu o policial militar que jogou um homem da ponte na região de Cidade Ademar, na zona sul da capital paulista. Em publicação no X (antigo Twitter) nesta quarta-feira, 4, o senador afirmou que o erro dos policiais envolvi

Juliano Galisi (via Agência Estado)

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Escrito por Juliano Galisi (via Agência Estado)
Publicado em 05.12.2024, 15:09:00 Editado em 05.12.2024, 15:15:32
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O senador Jorge Seif (PL-SC) defendeu o policial militar que jogou um homem da ponte na região de Cidade Ademar, na zona sul da capital paulista. Em publicação no X (antigo Twitter) nesta quarta-feira, 4, o senador afirmou que o erro dos policiais envolvidos na ação foi jogar o homem em um córrego, e não de "um penhasco".

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"O erro dos policiais foi ter jogado o meliante em um córrego? Não foi do penhasco? (...) Tomar um barro no córrego é prêmio. Minha solidariedade e apoio incondicional aos PMs e ao secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite", disse Seif.

Horas depois, o senador catarinense apagou a publicação. Procurado pelo Estadão para explicar por que removeu a declaração de seu perfil, Seif não havia respondido até a publicação deste texto.

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O caso ocorreu na madrugada de segunda-feira, 2, e foi flagrado por um vídeo que repercutiu nas redes sociais. No momento da ação, o policial que joga o homem da ponte estava com sua câmera corporal desligada. Derrite prometeu "severa punição" aos envolvidos, enquanto o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), classificou o episódio como "absurdo". A Justiça Militar, a pedido da Corregedoria da PM, determinou a prisão preventiva do agente flagrado, e ele foi detido na manhã desta quinta-feira, 5.

A polícia paulista matou 496 pessoas de janeiro a setembro. Trata-se do maior número para o período desde 2020, quando o índice chegou a 575. Em relação ao mesmo intervalo no ano passado, a alta é de 75%.

Seif é empresário do setor de pesca industrial e foi o secretário especial da Aquicultura e da Pesca durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). De 2019 a 2022, ganhou exposição com as lives promovidas pelo então presidente e passou a ser chamado de "06" pelo então chefe do Executivo, em referência ao modo como o ex-presidente costuma chamar os filhos. Hoje, Seif integra o "núcleo duro" do bolsonarismo no Congresso Nacional.

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Em agosto de 2019, diversas manchas de petróleo cru começaram a aparecer em praias brasileiras, sobretudo de Estados da região Nordeste. Diante da crise, Jair Bolsonaro convocou o seu secretário da Pesca a esclarecer o episódio. Seif minimizou a crise ambiental e disse que os peixes eram "bichos inteligentes" e desviariam da mancha de petróleo.

"O peixe é um bicho inteligente. Quando ele vê uma manta de óleo ali, capitão (Jair Bolsonaro), ele foge, ele tem medo", disse o então secretário, que argumentava que peixes e frutos do mar do varejo não estavam contaminados pela substância. "Então, obviamente que você pode consumir seu peixinho sem problema nenhum. Lagosta, camarão, tudo perfeitamente sano", afirmou Seif.

A declaração sobre peixes "inteligentes" repercutiu nas redes sociais. Bolsonaro, por outro lado, se aproximou ainda mais do secretário.

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Em 2022, no primeiro pleito que disputou, Seif foi eleito senador com 1.484.110 votos, 39,79% do eleitorado catarinense. O mandato dele esteve ameaçado durante o primeiro semestre deste ano, quando uma representação que poderia cassá-lo chegou ao plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O ex-secretário é acusado de abuso de poder econômico e prática de caixa dois. Em abril, a Corte eleitoral solicitou novas investigações sobre a acusação, adiando a resolução do caso. A previsão é que o processo volte a ser pautado somente em 2025.

Entre março de 2023 e julho deste ano, o ex-secretário empregou Jair Renan, o "04" do ex-presidente, em seu escritório de apoio em Balneário Camboriú, no litoral de Santa Catarina. O filho de Bolsonaro foi exonerado do escritório de Seif para concorrer a vereador de Balneário Camboriú, sendo eleito com 3.033 votos, a maior votação da cidade para o cargo.

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