A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF) informou que não foram registradas prisões relacionadas aos atos desta segunda, 12, na capital do País, em que manifestantes bolsonaristas tentaram invadir a Polícia Federal e atearam fogo em ônibus e carros.
Em nota, o órgão disse que os atos estão sendo apurados pela Polícia Civil do Distrito Federal e os participantes "uma vez identificados, serão responsabilizados". O vandalismo teve início após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinar a prisão do indígena José Acácio Serere Xavante, que se apresenta como cacique do Povo Xavante e é apoiador do presidente Jair Bolsonaro.
De acordo com a SSP/DF, os atos foram controlados no fim da noite pela Polícia Militar do DF, com reforço de tropas especializadas. "Esses atos, praticados por grupos isolados, estão sendo apurados pela Polícia Civil do Distrito Federal e os participantes, uma vez identificados, serão responsabilizados. A PF, por sua vez, deverá apurar os crimes relacionados aos atos que atentem contra a instituição e crimes de natureza federal", disse a nota.
A secretaria justificou a atuação da Polícia Militar, que se concentrou na dispersão e não na prisão dos manifestantes, dizendo que isso foi feito para redução de danos e "para evitar uma escalada ainda maior dos ânimos". "Destacamos que o policiamento na área central e nas imediações do hotel em que o presidente da República eleito está hospedado têm policiamento reforçado", completou.
A área central de Brasília segue monitorada pela segurança pública, com apoio de câmeras de videomonitoramento e do serviço de inteligência. O trânsito de veículos na Esplanada dos Ministérios e vias próximas segue fechado.
Em nota, a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) e a Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (FENADEPOL) repudiaram "veementemente" os atos violentos ocorridos na noite desta segunda-feira (12). O texto lembra que vândalos atentaram contra a vida de policiais federais e tentaram invadir o prédio onde a corporação está sediada.
"As entidades também se solidarizam com os policiais federais e demais forças de segurança e tem plena certeza que os responsáveis por essas ações criminosas serão cabalmente investigados pela polícia judiciária e exemplarmente punidos", completou.
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