O deputado federal e ex-presidente nacional do Partido dos Trabalhadores Rui Falcão (PT-SP) avalia que a sigla se distanciou do cotidiano do País. Para ele, o partido passou a fazer política a cada dois anos. "Disputa eleição e, depois, reflui", disse o político.
"A presença no bairro, na comunidade, na igreja, no sindicato, a discussão política permanente, a formação dos jovens, tudo isso a gente foi deixando de lado. Em detrimento disso, cada vez mais a participação exclusivamente institucional", disse o deputado durante entrevista ao Poder360.
Ao ser questionado sobre a presença da esquerda nas ruas, o deputado afirmou que é preciso fazer uma "disputa também dos nossos valores, das nossas ideias", ao comparar com o movimento da oposição. "A direita está pondo o debate da anistia, mesmo tendo avaliação de que isso não vai ser obtido nesse momento. Mas está fazendo a disputa", disse. "A gente precisa ganhar espaço, está muito parado."
Nas eleições de 2024, Falcão disse que grupo de trabalho eleitoral do PT ainda está em fase de levantamento, já que não se tem, ainda, uma definição em vários Estados e de candidaturas. "Em São Paulo, a candidatura do (Guilherme) Boulos é como se fosse nossa. Uma vitória em São Paulo meio que aparece como uma vitória quase nacional", disse sobre o apoio do partido ao pré-candidato do PSOL para a Prefeitura da capital paulista.
Rui Falcão presidiu o PT de abril de 2011 a junho de 2017. Em 2023, o deputado presidiu a Comissão de Justiça e Cidadania (CCJ), na Câmara, que agora passou a ser liderada pela deputada bolsonarista Caroline de Toni (PL-SC).
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