A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF) fez um discurso de despedida nesta quarta-feira, 27, na última sessão de julgamento em que ocupa o cargo de presidente da Suprema Corte. A magistrada afirmou que um novo ciclo de dinamismo e competência se iniciará com Barroso e que os ataques do 8 de janeiro foram um "divisor de águas" durante sua gestão.
Rosa Weber definiu os ataques como uma "procela", um "dia de infâmia" e "sombrio para a democracia" brasileira. "O 8 de janeiro não há ser esquecido para, preservando a memória institucional, jamais de repita. Também há de ser sempre lembrado como propulsor do fortalecimento o nosso estado democrático de direito", afirmou a ministra presidente, na sessão de hoje.
Para ela, após esse episódio, houve a renovação das energias democráticas "diante da união e resposta imediata e firme dos Poderes constituídos e da sociedade civil contra a vilania praticada". "Nossa democracia continua inabalável, simbolizada neste plenário inteiramente restaurado antes da abertura do ano judiciário", completou.
A ministra, emocionada, disse que a missão da Justiça é combater os discursos de ódio e garantir os direitos fundamentais dos cidadãos para o desenvolvimento de um país mais justo e igualitário. Ela foi aplaudida e homenageada pelos outros ministros e integrantes da Corte.
Weber foi a terceira mulher no cargo de presidente do STF, antes ocupado pelas ministra Cármen Lúcia e Ellen Graice. Ela assumiu o cargo em setembro de 2022 e teve 46 anos de carreira na magistratura.
Nesta quinta-feira, 28, Barroso será empossado como novo presidente do STF e a o ministro Edson Fachin será o novo vice-presidente. Segundo Rosa, o novo presidente "impulsionará essa Suprema Corte com dinamismo e competência incomparável no cumprimento da missão institucional com enormes ganhos para o Brasil e toda a sociedade".
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