O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo, deixa o cargo nesta segunda-feira (31), após sete anos à frente da entidade. A saída de Azevêdo foi antecipada e acontece um ano antes do término do seu segundo mandato.
Em maio, quando anunciou a decisão, o diplomata brasileiro disse que ela foi motivada por questões pessoais e que atende aos melhores interesses da organização em seu processo de reforma. Para ele, a organização deve começar a moldar uma agenda para as novas realidades pós-pandemia de covid-19 já com um novo diretor-geral.
O Conselho Geral da OMC está em processo para escolha do novo diretor-geral, que deve ser anunciado nos próximos meses. Oito candidatos foram indicados por seus países para dirigir a organização e já foram apresentados aos membros da OMC em reunião especial.
São eles: Jesús Seade Kuri, do México; Ngozi Okonjo-Iweala, da Nigéria; Abdel-Hamid Mamdouh, do Egito; Tudor Ulianovschi, da Moldávia; Yoo Myung-hee, da Coreia do Sul; Amina C. Mohamed, do Quênia; Mohammad Maziad Al-Tuwaijri, da Arábia Saudita; e Liam Fox, do Reino Unido.
A partir da próxima semana, o presidente do conselho, David Walker, começa a primeira rodada de consulta aos membros da organização para avaliar suas preferências. Ela será seguida por mais duas rodadas, quando o número de candidatos será reduzido de oito para cinco e, na última, para dois. Após esse processo, Walker anuncia o nome do candidato de consenso, que deve ser aprovado pelo Conselho Geral.
A OMC iniciou suas atividades em 1º de janeiro de 1995 e desde então tem atuado como a principal instância para administrar o sistema multilateral de comércio. A organização tem por objetivo estabelecer um marco institucional comum para regular as relações comerciais entre os diversos membros que a compõem e estabelecer um mecanismo de solução pacífica das controvérsias comerciais, tendo como base os acordos atualmente em vigor.
Atualmente, a OMC conta com 164 membros, sendo o Brasil um dos fundadores.
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