Está definida a indicação para a relatoria da CPI da Covid no Senado, cargo estratégico para a investigação. No MDB, já há acordo para que Renan Calheiros (MDB-AL) seja o indicado. Neste cenário, a ser oficializado na semana que vem, Omar Aziz (PSD-AM) será o presidente da CPI e Randolfe Rodrigues (Rede-AP), autor do requerimento de investigação, o vice.
Desta forma, a comissão de inquérito será comandada por parlamentares de oposição ou independentes - o que reflete a maioria dos integrantes do colegiado. O acordo deve ser chancelado ainda hoje, numa reunião reservada entre integrantes da CPI.
A provável confirmação do senador alagoano na relatoria é péssima notícia para o Planalto. Calheiros está entre os mais experientes parlamentares do Congresso e tem postura de oposição ao governo. “O que estamos vivendo é uma acomodação interna. O governo, neste caso, não tem capacidade de vetar nomes”, avalia fonte diretamente ligada nas negociações. Renan Calheiros está em voo para o estado e deve retornar a Brasília assim que for marcada a reunião de instalação da CPI.
“Seria difícil explicar uma CPI comandada e relatada por parlamentares do Amazonas. Neste caso, melhor fazer uma CPI na assembleia estadual do estado”, declara a mesma fonte. A declaração explica um dos motivos pelos quais Eduardo Braga (MDB-AM) teria desistido em favor de Renan Calheiros, uma vez que Omar Aziz (PSD-AM), cotado para presidir a investigação, também representa o Amazonas no Senado.
O senador Omar Aziz, visto como mais palatável ao Planalto por ter uma posição de independência em relação ao governo e ao próprio tema em apuração, prefere a cautela quanto à composição do comando da CPI. "É preciso aguardar. A votação para presidente, vice e relator da CPI será só na próxima semana", declara, por meio da assessoria.
Com informações: R7
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