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Religião não pode ser usada como instrumento político, diz Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou na manhã desta segunda-feira, 18, o uso da religião como instrumento político. Durante sua fala inicial na primeira reunião ministerial do ano, o presidente mostrou que o tema continua sendo uma preocupação

Matheus de Souza e Sofia Aguiar (via Agência Estado)

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Escrito por Matheus de Souza e Sofia Aguiar (via Agência Estado)
Publicado em 18.03.2024, 11:12:00 Editado em 18.03.2024, 11:19:31
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou na manhã desta segunda-feira, 18, o uso da religião como instrumento político. Durante sua fala inicial na primeira reunião ministerial do ano, o presidente mostrou que o tema continua sendo uma preocupação do governo, que tem visto no eleitorado evangélico um grupo desafiador de se aproximar.

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"A gente não pode compreender a religião sendo manipulada da forma vil e baixa como está sendo neste país", disse Lula, que também destacou a importância de a população apoiar o Estado Democrático de Direito.

O eleitorado evangélico mostrou, ao longo dos últimos anos, uma proximidade maior com o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, e tem estado no mapa do atual governo como uma área de alerta. Para citar um exemplo da dificuldade do governo com esse público, pesquisa Genial/Quaest divulgada no início do mês sobre o governo mostra uma queda na aprovação do trabalho do presidente Lula.

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A avaliação de governo também piorou. De acordo com a pesquisa, 34% avaliam como negativo (eram 29% em dezembro) e 35% como positivo (eram 36%). Segundo o levantamento, os índices foram puxados principalmente pela opinião dos evangélicos no que diz respeito às declarações de Lula sobre o conflito entre Israel e Palestina.

"A pior avaliação veio dos evangélicos, que respondem por 30% do eleitorado brasileiro, influenciado pelas declarações em que Lula comparou a guerra em Gaza com a ação de Hitler na Segunda Guerra Mundial", diz o levantamento. A comparação foi considerada exagerada por 60% dos entrevistados e por 69% dos evangélicos.

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