O projeto de lei que dá aumento salarial para policiais civis e militares, enviado hoje à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), terá impacto fiscal de R$ 7,5 bilhões entre 2023 e 2024.
Neste ano, o aumento deve custar R$ 2,5 bilhões aos cofres públicos, já que, se aprovado pelos parlamentares, só começa a valer em julho. Para 2024, o impacto previsto é de R$ 5 bilhões.
O reajuste vai variar entre as categorias policiais. Um soldado da PM de segunda classe vai receber 31% de aumento, a maior alta entre as previstas, conforme o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite.
A ideia de dar reajustes maiores entre as classes iniciais é estimular a progressão de carreira entre os agentes. "Não fizemos aumento linear. O que nos preocupamos é atender três premissas: atratividade, retenção dos melhores talentos e estimular o fluxo e a progressão da carreira", explicou Derrite a jornalistas.
Os policiais devem receber, em média, reajuste de 20,2%, segundo o governo estadual. Com o aumento, o piso salarial dos policiais deve passar de R$ 3,5 mil para R$ 5,6 mil.
A avaliação é de que o governador faz um aceno ao bolsonarismo ao escolher começar o reajuste do funcionalismo pelos policiais. A oposição cobra, por outro lado, que o aumento se estenda para outras categorias, como profissionais de saúde e educação.
Os deputados estaduais Carlos Gianazzi (PSOL) e Reis (PT) afirmaram que irão apresentar emendas ao projeto de lei para que o aumento contemple outras categorias do funcionalismo.
O governador garantiu hoje que vai dar reajuste acima da inflação para todos os servidores públicos. O aumento, no entanto, deve ficar abaixo do concedido aos policiais.
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