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Queda do País em ranking de percepção da corrupção é 'conversa de boteco', diz ministro da CGU

O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Marques de Carvalho, contestou o resultado do Índice de Percepção da Corrupção (IPC), divulgado pela Transparência Internacional nesta terça-feira, 11, que coloca o Brasil na pior posição da série

Karina Ferreira (via Agência Estado)

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Escrito por Karina Ferreira (via Agência Estado)
Publicado em 11.02.2025, 13:09:00 Editado em 11.02.2025, 13:16:52
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O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Marques de Carvalho, contestou o resultado do Índice de Percepção da Corrupção (IPC), divulgado pela Transparência Internacional nesta terça-feira, 11, que coloca o Brasil na pior posição da série histórica, iniciada em 2012. Para o chefe da CGU, a metodologia da pesquisa se compara à "conversa de boteco".

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Em entrevista à GloboNews, o ministro questionou o resultado, que mostra que uma das causas para a percepção da corrupção ter aumentado é o silêncio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a pauta anticorrupção.

"A Transparência dizer que a percepção da população sobre corrupção aumenta porque o presidente não fala disso. De onde tiraram? O que tem de sério? É uma correlação, não tem causalidade, não tem nada, é conversa de boteco", disse.

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Neste ano, o Brasil ficou na 107ª posição de 180 países, com 34 pontos, empatado com Argélia, Malauí, Nepal, Níger, Tailândia e Turquia. O relatório menciona o enfraquecimento do combate à corrupção, citando exemplos como a renegociação dos acordos de leniência da Operação Lava Jato, em que réus se comprometeram a pagar multas para ressarcir danos causados por desvios éticos.

Outro exemplo é a manutenção do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, no cargo, mesmo após ser indiciado pela Polícia Federal por corrupção passiva, fraude em licitação e organização criminosa. O caso foi revelado pelo Estadão em janeiro de 2023.

Para Carvalho, a pesquisa não ouviu a população e servidores públicos, se baseando somente na opinião de empresários e executivos. Para ele, trata-se de uma "pesquisa de opinião". O índice atribui notas em uma escala entre 0 e 100, sendo que quanto maior a pontuação, maior é a percepção de integridade daquele País. Em nota publicada na manhã desta terça, a CGU "alertou" para "limitações metodológicas" do índice.

"O IPC mede percepção, não a ocorrência real de corrupção, e seu próprio relatório recomenda cautela na interpretação dos resultados, especialmente em relação a variações ("sutis" ou "estatisticamente irrelevantes") da pontuação. Os países que combatem corrupção podem ser penalizados no IPC, uma vez que a exposição de casos e investigações impacta negativamente a percepção sobre o problema. O combate à corrupção não pode ser tratado como um fator negativo para a avaliação de um país", diz a nota.

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