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PT convoca apoiadores para ato contra Bolsonaro, mas governo Lula não embarca em manifestação

O Partido dos Trabalhadores (PT) convocou apoiadores da sigla para participar dos atos de rua que vão pedir a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e relembrar os 60 anos da ditadura militar neste sábado, 23. As manifestações não terão a presença do

Gabriel de Sousa (via Agência Estado)

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Escrito por Gabriel de Sousa (via Agência Estado)
Publicado em 22.03.2024, 21:43:00 Editado em 22.03.2024, 21:47:24
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O Partido dos Trabalhadores (PT) convocou apoiadores da sigla para participar dos atos de rua que vão pedir a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e relembrar os 60 anos da ditadura militar neste sábado, 23. As manifestações não terão a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e dos seus ministros, receosos de que a presença em uma manifestação com esse teor piore a relação do Palácio do Planalto com as Forças Armadas.

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As manifestações devem ocorrer em 19 cidades, sendo 16 capitais brasileiras e duas cidades da Europa - Lisboa, em Portugal, e Barcelona, na Espanha. Conforme mostrou oEstadãono mês passado, o principal ponto de encontro dos manifestantes será Salvador (BA), onde a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), estará acompanhada do governador baiano, Jerônimo Rodrigues (PT), e do líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA).

De acordo com lideranças de partidos da base governista ouvidas peloEstadão, a ausência do presidente e dos ministros nas manifestações leva em consideração a postura adotada por Lula de não se posicionar sobre os 60 anos da ditadura militar, que começou em 1964 e teve fim em 1985. O período foi marcado por desaparecimento de adversários políticos e terminou com os militares anistiados.

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No mês passado, Lula afirmou que não quer ficar "remoendo o passado" e que está mais preocupado com o 8 de Janeiro do que com o golpe de 1964. Em uma reunião com auxiliares no início deste mês, o petista também proibiu que os chefes das pastas se posicionem publicamente sobre o golpe. Segundo Lula, a decisão busca evitar que a data convulsione o ambiente político do País.

O Planalto também receia que a presença da cúpula do governo sinalize uma resposta ao ato convocado por Bolsonaro na Avenida Paulista, em 25 de fevereiro. O ex-presidente reuniu centenas de milhares de apoiadores e minimizou as provas obtidas pela PF no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, além de pedir anistia aos presos pelo ataque aos prédios dos Três Podere.

O governo federal enfrenta uma queda dos índices de aprovação, atestada pelos principais institutos de pesquisa do País. Segundo lideranças partidárias, o atual cenário pode fazer com que uma convocação do presidente para as manifestações não cause tanto efeito na mobilização, o que o enfraqueceria nas discussões sobre a sua popularidade ante a de Bolsonaro.

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Em nota oficial, publicada no site do PT e enviada para diretórios estaduais e municipais da sigla, o partido convidou filiados e apoiadores para ir às ruas para defender as pautas da "defesa da democracia" e a exigência da "punição daqueles que atentaram contra o Estado Democrático de Direito", sem citar o nome de Bolsonaro.

Na convocação oficial, o líder do PT na Câmara, deputado Odair Cunha (MG), afirmou que os atos deste sábado vão unir "movimentos sociais e trabalhadores do campo e da cidade" para pedir a prisão dos envolvidos na tentativa de golpe de Estado. "Vamos reagir e exigir a punição daqueles e daquelas que atentaram contra o Estado Democrático de Direito", disse o parlamentar.

As manifestações são organizadas pelos movimentos de esquerda Frente Povo Sem Medo (FPSM) e Frente Brasil Popular, que reúnem entidades de esquerda e são ligados ao PT e outros partidos da base de Lula como o PSOL e o PCdoB.

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AoEstadão, lideranças de movimentos sociais que vão participar dos atos criticaram a decisão do governo de não participar do evento. Segundo os representantes das entidades, a ausência de Lula pode prejudicar a mobilização dos apoiadores.

"É inegável que a presença de Lula em qualquer ato aumenta a capacidade de mobilização, mas, na nossa avaliação, a convocatória dos atos de amanhã (sábado) já mostrou força", disse Rud Rafael, coordenador-geral do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST).

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VEJA OS LOCAIS DOS ATOS DA ESQUERDA CONTRA BOLSONARO

- Barcelona (Espanha) - Calle Rocafort, 242 - 14h (horário local)

- Belém (PA) - Escadinha do Cais - 9h

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- Belo Horizone (MG) - Praça Afonso Arinos - 9h

- Boa Vista (RR) - Praça Germano Sampaio - 17h

- Brasília (DF) - Praça Zumbi dos Palmares - 16h

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- Campo Grande (MS) - Praça do Rádio - 9h

- Curitiba (PR) - Praça Santos Andrade até a Praça Boca Maldita - 9h

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- Fortaleza (CE) - Praça do Ferreira - 8h30

- João Pessoa (PB) - Praça da Lagoa - 15h

- Lisboa (Portugal) - Praça Luís de Camões - 10h30 (horário local)

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- Maceió (AL) - Calçadão do Comércio - 9h

- Osasco - Osasco Plaza Shopping - 13h

- São Paulo - Largo do São Francisco - 15h

- Porto Alegre (RS) - Largo Glênio Peres - 15h

- Porto Velho (RO) - Praça Marechal Rondon - 17h30

- Salvador (BA) - Largo do Pelourinho - 15h

- Recife (PE) - Praça do Derby - 10h

- São Luís (MA) - Solar Maria Firmina - 9h30

- Vitória (ES) - Praça Vermelha - 9h

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