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PT apoia reeleição de Lira e indica preferência para comandar CCJ

A federação formada por PT-PCdoB-PV e também o PSB anunciaram nesta terça-feira, 29, que vão apoiar a reeleição de Arthur Lira (PP-AL) à presidência da Câmara. Os partidos, que integraram a coligação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), fi

Lauriberto Pompeu (via Agência Estado)

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Escrito por Lauriberto Pompeu (via Agência Estado)
Publicado em 29.11.2022, 21:26:00 Editado em 29.11.2022, 21:32:12
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A federação formada por PT-PCdoB-PV e também o PSB anunciaram nesta terça-feira, 29, que vão apoiar a reeleição de Arthur Lira (PP-AL) à presidência da Câmara. Os partidos, que integraram a coligação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), fizeram um pronunciamento conjunto na Câmara após reunirem as bancadas. Com 94 deputados, as legendas negociam a construção de blocos parlamentares, instrumento usado para dividir cargos na Casa, como presidências de comissões e postos na Mesa Diretora. O PT almeja comandar a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e indicar o relator do Orçamento.

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O líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes (MG), disse que a ideia é o partido formar um bloco para servir como base de Lula na Casa. O deputado disse que, além dos partidos que apoiaram o presidente eleito na campanha, há a busca por aliança com União Brasil, MDB, PSD e Podemos. "Compreendemos que é possível construir um bloco de governo, que possa dar ao País e ao presidente Lula estabilidade, governabilidade e uma base sólida para implementar aquilo que foi contratado pelo povo brasileiro nas urnas, no dia 30 de outubro", afirmou Reginaldo.

O deputado do PT de Minas afirmou que a formação do bloco não está concluída e que ainda há conversas com os partidos. "Evidente que nós iniciaremos hoje ainda um amplo debate com um conjunto de partidos que compõem hoje a transição do governo, compõem com o presidente Lula uma futura base, aproximadamente já são 15 partidos, a possibilidade de construir um bloco de governabilidade, mas esse é um debate que ainda vamos iniciar".

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A decisão do PT representa uma mudança em relação ao discurso de Lula durante a campanha eleitoral. Lira consolidou sua rede de apoios com o orçamento secreto, esquema de compra de apoio político revelado pelo Estadão. O mecanismo foi criticado várias vezes por Lula. Em vários discursos e entrevistas, ele classificou o orçamento secreto de "excrescência" e chegou a reclamar do poder do deputado do PP, a quem chamou de "imperador do Japão".

Para o líder do PT, o apoio a Lira se deve a uma tentativa de construir estabilidade política. "Estamos defendendo uma agenda política de reconstrução do Brasil. É bom lembrar, o Arthur Lira foi o primeiro a reconhecer a legitimidade da eleição do presidente Lula no voto popular e tem postura colaborativa para uma pauta de reconstrução do Brasil", afirmou. "Se ele tem convergência, concordância, quer estabilizar o País, é nosso candidato a presidente da Câmara", completou Reginaldo.

Com o endosso de Lula, o PT resolveu apoiar a recondução de Lira para não repetir o que considerou como erro na disputa da Câmara, em 2015, quando a então presidente Dilma Rousseff (PT) resolveu bancar o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) contra Eduardo Cunha (MDB-RJ). Após vencer, Cunha virou inimigo de Dilma e, no fim daquele mesmo ano, autorizou a abertura do pedido de impeachment contra ela.

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Reginaldo indicou que, na divisão das comissões, o PT tem preferência por comandar a CCJ e ter a relatoria do orçamento. Uma ala do partido quer também a vice-presidência da Casa, mas a cadeira é cobiçada pelo PL. Maior partido da Câmara, com 99 deputados eleitos, o PL planeja indicar Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) para a função. Há, ainda, uma disputa pelo comando da CCJ entre o PL e o União Brasil.

Durante o anúncio de apoio a Lira, o líder do PT disse que a federação com o PCdoB e o PV vai entrar uma ação na Justiça para que os ministérios da Economia e da Educação recomponham recursos de universidades públicas que foram bloqueados nesta segunda-feira, 28.

"Vamos entrar na Justiça para que o governo Bolsonaro devolva imediatamente os recursos que foram sequestrados dos cofres das universidades", afirmou o deputado.

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