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PSDB e PT reeditam aliança na Alesp

Enquanto na disputa pelo comando da Câmara dos Deputados a possibilidade de integrantes da bancada do PT apoiarem a candidatura de Arthur Lira (PP-AL) - aliado do presidente Jair Bolsonaro - causou mal-estar no partido, na Assembleia Legislativa de São Pa

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 17.12.2020, 07:15:00 Editado em 17.12.2020, 07:21:45
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Enquanto na disputa pelo comando da Câmara dos Deputados a possibilidade de integrantes da bancada do PT apoiarem a candidatura de Arthur Lira (PP-AL) - aliado do presidente Jair Bolsonaro - causou mal-estar no partido, na Assembleia Legislativa de São Paulo a sigla caminha para renovar uma aliança com o PSDB que perdura desde 2006.

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Líder do governo no Parlamento paulista e relator do polêmico projeto de ajuste fiscal de João Doria, o deputado Carlos Pignatari (PSDB) será candidato à presidência e deve contar com apoio do PT e do DEM. Em troca, os petistas manterão o comando da 1.ª Secretaria, e o DEM, da 2.ª Secretaria. O acordo conta com o aval do governador tucano.

"O Carlão (Pignatari) é o nosso candidato. Ele tem o apoio total da bancada e do Palácio dos Bandeirantes", disse a deputada Carla Morando, líder do PSDB na Assembleia. A tucana evitou falar sobre as articulações com a oposição, mas o deputado Arselino Tatto (PT), que é o 1.° secretário da Casa, defendeu o acordo com os adversários históricos.

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"O que existe de mais democrático é formar a Mesa (Diretora) partindo das maiores bancadas. Somos oposição ao Doria no Estado, mas na Mesa Diretora não", disse o deputado petista, que está em seu quinto mandato consecutivo.

Ainda segundo ele, seria "hipocrisia" lançar um candidato que não iria ganhar. Tatto lembra que o PT ocupa a 1.ª Secretaria desde 1996 porque sempre formou a segunda maior bancada no Legislativo paulista. Foi em 1995 que Mário Covas assumiu o Palácio dos Bandeirantes e deu início à hegemonia do PSDB no Executivo estadual.

"A politicagem não respeita ideologia. O PT historicamente sobrevive da 1.ª Secretaria, que cuida do departamento pessoal, e o DEM da 2.ª Secretaria, que responde pelos contratos e licitações. É muito difícil quebrar essa aliança", disse o deputado Arthur do Val (Patriota).

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Líder do Novo, o deputado Daniel José afirmou que a sigla ainda não decidiu se vai lançar um nome, como fez em 2019, quando ele próprio disputou. "Nosso intuito é mudar a política, mas é muito difícil evitar esse cenário. Na Assembleia, as pessoas têm interesse direto nos cargos e se aliam com quem tem chance de vencer", afirmou José.

Casa Civil

O atual presidente da Assembleia, Cauê Macris (PSDB), deve ser nomeado em 2021 o novo chefe da Casa Civil do governo paulista. A ideia é que Macris reforce a relação de Doria com a Assembleia no ano que antecede as eleições.

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Quando assumiu o governo em 2019, Doria escolheu o ex-ministro Gilberto Kassab (PSD) para o cargo, mas ele anunciou em 28 de dezembro, antes mesmo da cerimônia de posse, que pediria licença do cargo para se dedicar à sua defesa após ter sido alvo de uma operação da Polícia Federal. Kassab foi citado por um delator da J&F, que o acusa de receber propina da empresa entre os anos de 2010 e 2016.

O ex-ministro, porém, teve seu nome publicado no Diário Oficial e tecnicamente é secretário licenciado da pasta, sem receber salário. Quem atualmente exerce a função de chefe da Casa Civil do governo paulista é o secretário Antônio Carlos Maluf.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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