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"Precisamos voltar a um STF que seja menos proeminente o mais rápido possível", diz Barroso

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, disse hoje que é preciso voltar a uma corte suprema "menos proeminente" o mais rápido possível, embora seja necessário prosseguir com os processos contra a tentativa de golpe e invasore

Gabriel Vasconcelos (via Agência Estado)

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Escrito por Gabriel Vasconcelos (via Agência Estado)
Publicado em 06.04.2024, 13:25:00 Editado em 06.04.2024, 13:32:49
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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, disse hoje que é preciso voltar a uma corte suprema "menos proeminente" o mais rápido possível, embora seja necessário prosseguir com os processos contra a tentativa de golpe e invasores da Praça dos Três Poderes "por um pouco mais de tempo".

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Barroso fez as afirmações em uma mesa de perguntas e respostas ao lado do cientista político norte-americano Steven Levitsky. Eles participam do "Brazil Conference at Harvard & MIT", evento organizado por pesquisadores brasileiros em Boston, nos Estados Unidos.

"Precisamos voltar a um STF que seja menos proeminente o mais rápido possível. Mas não podemos fingir que essas coisas (tentativa de golpe e invasão dos três poderes) não aconteceram", disse. O presidente do Supremo avaliou o processo como recado para que outras pessoas não acreditem que podem repetir os ataques. "Infelizmente ainda precisamos seguir nesses processos por um pouco mais de tempo", completou.

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Em seguida, Barroso disse que uma sociedade que precisa de pacificação, os processos geram tensão e que seria desejável veredictos mais rápidos, que respeitassem o Estado de Direito. "Mas aí surgiram investigações mostrando que estávamos mais perto de um golpe de Estado do que imaginávamos", continuou.

Nas palavras de Barroso, entre o fim de 2022 e o dia 8 de janeiro de 2023, o País e as instituições democráticas ficaram "por um triz". "Chegamos muito perto do impensável no Brasil. Estávamos mais próximos ao colapso do que achávamos, constatamos agora", disse o presidente do STF.

Promessas não cumpridas

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Antes, em longo discurso sobre os riscos impostos ao Estado brasileiro sob o governo Jair Bolsonaro, Barroso fez uma espécie de mea-culpa da democracia.

"O populismo autoritário avançou também devido ao fracasso da democracia, de promessas de igualdade e prosperidade não cumpridas. A democracia tem de estar consciente que ainda não chegou ao ponto de cumprir suas promessas para muitas pessoas. Se não houver democracia real esses populistas vão voltar", disse.

Temor

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Segundo o magistrado, o que mais o preocupa é a escalada de índices de violência no País.

"Um problema na América Latina e no Brasil são as altas taxas de violência. A extrema direita explora medo das pessoas e por isso vencem (eleições). Essa é a minha maior preocupação no Brasil", disse.

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