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Postos de gasolina no Pará financiaram armas de condenado por atentado à bomba em Brasília

Dois postos de combustíveis do Pará financiaram a compra das armas de George Washington de Oliveira Sousa, responsável por uma tentativa de atentado à bomba perto do Aeroporto de Brasília no dia 24 de dezembro de 2022, véspera do Natal passado. Ele foi pr

Isabella Alonso Panho (via Agência Estado)

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Escrito por Isabella Alonso Panho (via Agência Estado)
Publicado em 18.10.2023, 20:36:00 Editado em 18.10.2023, 20:44:17
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Dois postos de combustíveis do Pará financiaram a compra das armas de George Washington de Oliveira Sousa, responsável por uma tentativa de atentado à bomba perto do Aeroporto de Brasília no dia 24 de dezembro de 2022, véspera do Natal passado. Ele foi preso e condenado a nove anos e quatro meses em regime fechado por causa do episódio. De acordo com a GloboNews, o dinheiro que George Washington usou para comprar as armas que a Polícia Civil apreendeu com ele eram de dois estabelecimentos: Super Posto Pioneiro, em Tucumã, e Posto Cavalo de Aço, em Xinguara. As duas cidades ficam na região leste do Estado do Pará e são separadas por uma distância de 157 quilômetros. Os dois postos têm as mesmas proprietárias - Francisca Alice de Sousa Reis e Michelle Tatianne Ribeiro de Sousa - e são administrados por George Washington, que tem uma procuração para movimentar contas bancárias e gerir os negócios dos estabelecimentos. Foram apreendidos oito armamentos com ele: duas pistolas, dois revólveres, duas espingardas, uma carabina e um rifle. Parte do dinheiro usado na compra das armas foi transferido dos postos de gasolina direto para os estabelecimentos que as venderam. Outra parte foi para a conta bancária pessoal de George Washington, que depois entregou o dinheiro para as lojas de armas. As movimentações ultrapassaram o valor de R$ 70 mil.

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Relembre o caso do atentado à bomba em Brasília

Na manhã do dia 24 de dezembro de 2022, a Polícia Civil do Distrito Federal, com equipes do Corpo de Bombeiros e das Polícias Civil e Federal, desarmou uma bomba deixada na Estrada Parque Aeroporto, que leva ao Aeroporto Internacional de Brasília. O explosivo estava no canteiro central. George Washington foi identificado e preso no dia seguinte. Ele estava acampado na frente do Quartel-General do Exército em Brasília e confessou a montagem do explosivo. Ele disse para a polícia que o gesto era um protesto contra a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a favor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O intuito da explosão era "gerar comoção" e criar o clima favorável à intervenção das Forças Armadas. Além dele, Alan Diego dos Santos Rodrigues também foi condenado por participar do crime, com pena de cinco anos. A Justiça concluiu que foi ele quem colocou o explosivo no caminhão que o deixou no canteiro central da pista de rolamento. Outro condenado pelo episódio foi o blogueiro Wellington Macedo de Souza, a seis anos de prisão. Ele foi o responsável por dirigir até o local. Ele estava foragido e foi preso no Paraguai em setembro. A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, que encerrou seus trabalhos nesta quarta-feira, 16, interrogou George Washington, que permaneceu em silêncio diante de todas as perguntas. Apesar do atentado à bomba anteceder os ataques às sedes dos Três Poderes, os episódios compõem a mesma onda de manifestações antidemocráticas que cresceram por causa da derrota de Bolsonaro nas urnas. No começo de dezembro, semanas antes desses acontecimentos, manifestantes incendiaram oito veículos e apedrejaram uma caminhonete em Brasília.

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