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Polícia Civil do DF isenta advogado de Bolsonaro de acusação de assédio sexual

A Polícia Civil do Distrito Federal concluiu que o advogado Frederick Wassef não assediou uma mulher casada num restaurante de Brasília no fim de agosto, ao contrário do que alegou o marido dela. Após rever imagens das câmeras de segurança e conversar com

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 25.09.2021, 20:37:00 Editado em 25.09.2021, 20:43:17
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A Polícia Civil do Distrito Federal concluiu que o advogado Frederick Wassef não assediou uma mulher casada num restaurante de Brasília no fim de agosto, ao contrário do que alegou o marido dela. Após rever imagens das câmeras de segurança e conversar com testemunhas, os policiais concluíram que Wassef não se aproximou da mulher e foi, na verdade, vítima de uma tentativa de homicídio. Wassef é advogado do presidente Jair Bolsonaro e de outras pessoas da família dele.

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O entrevero aconteceu em uma unidade do restaurante Chicago Prime, uma casa especializada em carnes, no Lago Sul - o local fica perto da região conhecida como "Península dos Ministros", uma das mais nobres de Brasília. Wassef foi atacado com uma faca do próprio restaurante pelo empresário do agronegócio Adroaldo Juliani, que estava no restaurante com a mulher Márcia e a filha do casal. O ataque aconteceu depois de Márcia dizer ao marido que tinha sido assediada por Wassef no banheiro do restaurante. A versão no entanto seria falsa, segundo a polícia: as imagens mostram que Wassef não se encontrou e nem esteve no banheiro com Márcia.

"As diligências, inquirições (depoimentos) e as filmagens do circuito de segurança do estabelecimento, que foram obtidas durante as investigações policiais, apontam de forma segura e incontestável que jamais a vítima Frederick Wassef se aproximou de Márcia Janete Juliani ou do banheiro feminino, muito menos de qualquer outra mulher, restando absolutamente comprovado que em nenhum momento houve qualquer "assédio", "gracejo", "cantada", conduta inapropriada ou mesmo uma simples conversa", diz um trecho.

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"A análise (...) demonstra que as "acusações" feitas pelo indiciado (Adroaldo) no local dos fatos, a partir de uma alegação de sua esposa, são inverdades, e que tais inverdades quase foram usadas para justificar um crime de homicídio. As filmagens mostram com nitidez e clareza que a vítima Frederick Wassef não foi e muito menos chegou perto do banheiro feminino ou de Márcia", diz o relatório da Polícia Civil, assinado pelo delegado plantonista Sérgio dos Santos Filho no dia 18 de setembro.

Segundo o relatório da polícia, Márcia discutiu com Wassef depois de ela e a família consumirem grande quantidade de bebidas alcoólicas - a conta do grupo naquela tarde fechou em R$ 1.230,57, e incluiu 20 chopes, nove caipiroscas de caju, duas caipirinhas e duas garrafas de vinho, consumidos por cinco pessoas. Adroaldo, que se diz simpatizante de Bolsonaro, chegou a tentar se desculpar com Wassef. A família foi embora do restaurante depois da discussão, mas depois fez meia volta na caminhonete e voltou ao local. Adroaldo teria entrado no Chicago Prime disposto a matar Wassef.

"Na sequência as imagens mostram uma Dodge Ram de cor branca estacionando nas imediações do Chicago Prime. Do interior do veículo, o indiciado caminha até a mesa de Frederick Wassef e, após jogar o refrigerante da mesa no corpo da vítima (Wassef), pega uma faca e desfere um golpe (...), que só não o atinge pois ele joga seu corpo para trás, para evitar a estocada".

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"Ato contínuo, o ofendido se levanta e sai em desabalada carreira, deixando o estabelecimento, com o intuito de fugir do intento homicida do agressor. Então, o indiciado corre atrás da vítima com a faca em punho gritando que iria matá-lo. O investigado ainda comete injúria contra o ofendido ao chamá-lo de safado, sem vergonha", continua o relato. Wassef tentou então se proteger entrando em um bar contíguo, chamado Royal Lounge, onde usa uma cadeira para afastar o fazendeiro Adroaldo.

O caso irá agora para o Tribunal de Justiça do DF. Caberá ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) decidir se apresentará ou não denúncia contra Adroaldo Juliani. A reportagem não conseguiu contato com o fazendeiro.

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