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PGR nega inclusão do gabinete da ousadia no inquérito das milícias digitais

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, rejeitou pedido de bolsonaristas para investigar integrantes do PT e do Palácio do Planalto por indícios de atuação semelhante ao do chamado gabinete do ódio do ex-presidente Jair Bolsonaro. Na representação,

Heitor Mazzoco, Pepita Ortega e Vinícius Valfré (via Agência Estado)

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Escrito por Heitor Mazzoco, Pepita Ortega e Vinícius Valfré (via Agência Estado)
Publicado em 11.07.2024, 17:04:00 Editado em 11.07.2024, 17:11:50
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O procurador-geral da República, Paulo Gonet, rejeitou pedido de bolsonaristas para investigar integrantes do PT e do Palácio do Planalto por indícios de atuação semelhante ao do chamado gabinete do ódio do ex-presidente Jair Bolsonaro. Na representação, segundo a PGR, os deputados Filipe Barros (PL-PR) e Bia Kicis (PL-DF) não conseguiram mostrar "de maneira objetiva e inequívoca, fato minimamente individualizado que justifique a adoção de providências penais".

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O pedido é baseado em reportagem do Estadão que revelou como integrantes da Secom pautam petistas e influenciadores da esquerda. Em outra reportagem, o Estadão também mostrou que um influenciador que se tornou o maior da bolha governista é conhecido por ataques contra adversários e por disseminar desinformação. Para Gonet, não há elementos para enquadrar o grupo com base no artigo 1º da Lei 12.850/2013, "que define o conceito de organização criminosa para fins penais, não são aferíveis a partir de nenhum dos episódios indicados pelos noticiantes."

A medida do PGR desconsidera as fake news publicadas por Thiago dos Reis e não busca detalhar o que conta no briefing feito pelo Palácio do Planalto com petistas e influenciadores. A estratégia conta com a participação do time de redes sociais do partido que na campanha eleitoral de 2022 atuava sob o nome de "gabinete da ousadia". Procurado na época, Thiago dos Reis negou receber informações de dentro do Palácio do Planalto e alegou que seu canal defende a democracia, ao contrário do "gabinete do ódio". Também afirmou que jamais recebeu dinheiro do governo. O secretário de comunicação do PT, Jilmar Tatto, admitiu que acionava influenciadores "quando tem necessidade" e governo não comentou.

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"A suposta divulgação e propagação de 'conteúdos grotescos, depreciativos, ofensivos e falsos' contra aqueles que se manifestem contra o governo federal, por sua vez, também não está minimamente demonstrada. Nenhuma publicação ou notícia com conteúdo semelhante ao indicado foi apresentada ou vinculada (pelos deputados), ainda que precariamente, a algum agente que integre a estrutura de pessoal da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República", citou Gonet na manifestação enviada ao ministro do STF Alexandre de Moraes.

As publicações feitas por Thiago dos Reis em seu canal no youtube costumam distorcer fatos, inventar situações depreciativas sobre adversários, usar montagens, títulos falsos ou descontextualizados. O uso de linguagem agressiva e sensacionalista contra aqueles que se opõem ao governo Lula também é outra característica dos materiais produzidos.

Reis cita, por exemplo, que apareceram provas da ligação de Jair Bolsonaro no caso da vereadora assassinada Marielle Franco, o que não é verdade. Entre outras publicações, ele já publicou vídeos com títulos como: "Foto de Michelle (Bolsonaro) beijando outro homem causa alvoroço", "Acabou pra ele - Anunciada a morte de Bolsonaro!!", "Micheque abandona Bolsonaro! Quase saíram no tapa ontem", "Revelada ligação de Bolsonaro com Comando Vermelho" e "Eduardo Bolsonaro ameaça de morte Alexandre de Moraes".

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