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PGR denuncia família Mantovani por hostilidades a Moraes no aeroporto de Roma

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou nesta terça-feira, 16, o empresário Roberto Mantovani Filho, a mulher dele, Renata Munarão, e o genro do casal, Alex Zanatta Bignotto, no inquérito sobre as hostilidades ao ministro Alexandre de Moraes, do

Heitor Mazzoco (via Agência Estado)

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Escrito por Heitor Mazzoco (via Agência Estado)
Publicado em 16.07.2024, 20:41:00 Editado em 16.07.2024, 20:47:01
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A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou nesta terça-feira, 16, o empresário Roberto Mantovani Filho, a mulher dele, Renata Munarão, e o genro do casal, Alex Zanatta Bignotto, no inquérito sobre as hostilidades ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no Aeroporto Fiumicino, de Roma.

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O Estadão procurou o criminalista Ralph Tórtima Filho, que representa os denunciados e ainda aguardava manifestação, o que não ocorreu até a publicação deste texto. O espaço está aberto.

De acordo com os autos, Mantovani Filho responderá pelos crimes de calúnia, injúria e injúria real. Já a mulher dele e o genro por calúnia e injúria. Em julho de 2023, os três encontraram Moraes no aeroporto e teriam dito que o ministro fraudou as eleições de 2022 para beneficiar Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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Mantovani Filho também teria dado um tapa no rosto no filho de Moraes e, por isso, responderá por um crime a mais. Em depoimento à PF, Moraes afirmou que foi chamado de "bandido, comprado e fraudador de urnas".

Em fevereiro deste ano, o delegado da Polícia Federal Hiroshi de Araújo Sakaki deu o caso por encerrado e não pediu o indiciamento da família com a justificativa de que não foi possível cravar se houve troca de ofensas, já que as imagens das câmeras do aeroporto não têm som.

O delegado reconheceu que Mantovani bateu no rosto do filho de Alexandre de Moraes, mas também não indiciou o empresário, por ser um crime de menor potencial ofensivo e cometido fora do País. Depois que a PF apresentou o relatório final da investigação, a PGR pediu um novo interrogatório de Mantovani para saber se ele manipulou o vídeo e espalhou uma versão editada no WhatsApp. Na prática, o pedido reabriu o inquérito.

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Hiroshi Sakaki então pediu para deixar o caso, que foi redistribuído ao delegado Thiago Severo de Rezende, coordenador de contrainteligência da PF. É ele quem assina o parecer enviado nesta segunda ao STF.

Thiago Rezende afirmou que, mesmo que o áudio das filmagens não esteja disponível, "todas as circunstâncias que envolvem o fato vão de encontro com a versão apresentada pelos agressores". "A versão das vítimas não é contradita em momento algum pelas imagens. Muito embora as palavras proferidas não possam ser ouvidas, nada nas imagens contradiz o que foi dito em tom uníssono pelos agredidos. Volto a enfatizar que a palavra da vítima em casos onde 'versões' são basicamente o cerne da questão deve sempre ter peso diferenciado, mais ainda quando os demais instrumentos de prova colhidos apontam na mesma direção."

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