MAIS LIDAS
VER TODOS

Política

PF suspeita de 'conluio' e diz que cúpula da Abin de Lula dificultou investigação

A investigação da Polícia Federal (PF) que coloca a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no centro de suspeitas de monitoramento ilegal para atender a interesses do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pode respingar na atual gestão do órgão.

Rayssa Motta e Fausto Macedo (via Agência Estado)

·
Escrito por Rayssa Motta e Fausto Macedo (via Agência Estado)
Publicado em 25.01.2024, 20:59:00 Editado em 25.01.2024, 21:02:11
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

A investigação da Polícia Federal (PF) que coloca a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no centro de suspeitas de monitoramento ilegal para atender a interesses do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pode respingar na atual gestão do órgão. A PF afirma que membros da cúpula da agência, nomeados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tentaram dificultar a apuração e sugere que eles podem ter agido em "conluio" com servidores investigados. A Abin ainda não se manifestou.

continua após publicidade

Segundo a PF, a pretexto de proteger informações "sensíveis", a Abin estaria dificultando acesso a dados necessários ao avanço da investigação. Para a Polícia Federal, a cúpula da agência estaria preocupada, na verdade, com a exposição da espionagem clandestina de autoridades.

"A preocupação de 'exposição de documento' para segurança das operações de 'inteligência', em verdade, é o temor da progressão das investigações com a exposição das verdadeiras ações praticadas na estrutura paralela, anteriormente, existente na Abin", diz um trecho do relatório enviado pela PF ao Supremo Tribunal Federal (STF) na Operação Vigilância Aproximada.

continua após publicidade

A PF crava que a conduta prejudicou a investigação. "A direção atual da Abin realizou ações que interferiram no bom andamento da investigação sem, contudo, ter sido possível identificar o intento das ações."

No relatório enviado ao STF, a Polícia Federal narra que o então diretor da Abin, Alessandro Moretti, que sucedeu Alexandre Ramagem no comando na instituição, ainda no governo Bolsonaro, se reuniu com servidores em março do ano passado e afirmou que a investigação tinha "fundo político e iria passar".

O atual chefe da agência, o delegado Luis Fernando Corrêa, estava presente na reunião, segundo a PF. Ele ainda não havia tomado posse como diretor da Abin. Corrêa é nome de confiança de Lula e foi diretor-geral da Polícia Federal no segundo mandato do petista.

continua após publicidade

Outro membro da cúpula da Abin que estaria no encontro é Paulo Maurício Fortunato, secretário de Planejamento da Agência Brasileira de Inteligência, afastado do cargo pelo STF na investigação.

A PF ouviu dos investigados que a direção atual da Abin teria se comprometido a "construir uma estratégia em conjunto" e "convencer o pessoal que há apoio lá de cima".

COM A PALAVRA, A ABIN

A reportagem entrou em contato com a Abin e ainda aguardava uma resposta até a publicação deste texto. O espaço está aberto para manifestação.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Política

    Deixe seu comentário sobre: "PF suspeita de 'conluio' e diz que cúpula da Abin de Lula dificultou investigação"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!