O Ministério Público da Bahia (MP-BA), por meio do Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), e Polícia Federal (PF) prenderam nesta terça-feira, 9, a mulher do deputado estadual pela Bahia Kléber Cristian Escolano de Almeida, conhecido como Binho Galinha (Patriota). Cinco policiais militares foram alvos de busca e apreensão. Esta operação, batizada de "Hybris" é um desdobramento da operação "El Patron", desencadeada em dezembro do ano passado. O deputado negou qualquer crime, disse colaborar com a Justiça e vai provar sua inocência.
Eles são investigados por suspeita de formação de organização criminosa especializada na lavagem de dinheiro do jogo do bicho, agiotagem, extorsão e receptação qualificada na região de Feira de Santana, interior da Bahia. No total, foram cumpridos 17 mandados de busca e um de prisão preventiva. A Justiça determinou o bloqueio de R$ 4 milhões das contas bancárias dos investigados, além da suspensão das funções públicas dos PMs. A decisão foi expedida pela 1º Vara Criminal de Feira de Santana.
De acordo com informações do MP, a organização criminosa seria comandada pelo deputado Binho Galinha. "As investigações apontaram ainda que os policiais integram o braço armado do grupo miliciano, sendo responsáveis pela segurança das atividades ilícitas desenvolvidas pelo grupo criminoso, além de ocultarem a propriedade de bens e dissimularem valores decorrentes de infrações penais. Além disso, apurações da Receita Federal revelaram inconsistências fiscais dos investigados, movimentação financeira incompatível, assim como a propriedade de bens móveis e imóveis não declarados e indícios de lavagem de dinheiro", disse trecho da nota do MP baiano.
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Em ano eleitoral, as pretensões de Binho Galinha diminuem com a incerteza de um desfecho rápido para o assunto que tramita na Justiça. Em diversas publicações na imprensa local, o parlamentar aparecia como cotado para disputar a eleição em Milagres ou Feira de Santana, cidades com distância de 125 km. Milagres é a cidade natal do deputado, enquanto Feira de Santana é o local em que construiu a carreira política, que culminou com a eleição para Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA).
A operação "El Patron", desencadeada em dezembro do ano passado, culminou com denúncia aceita na Justiça contra 21 pessoas e bloqueio de R$ 200 milhões das contas bancárias dos investigados e o sequestro de 26 imóveis urbanos e rurais, sendo dez fazendas, nove casas, quatro terrenos, dois apartamentos e uma sala comercial, quatorze veículos, e suspensão de atividades econômicas de seis empresas.
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