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PF prende Colômbia, financiador da pesca ilegal onde Dom e Bruno foram mortos

A Polícia Federal no Amazonas prendeu em flagrante, nesta quinta-feira, 7, Rubens Villar Coelho, conhecido como Colômbia, por uso de documento falso. O nome do preso é citado em meio às investigações dos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jorn

Pepita Ortega e Fausto Macedo (via Agência Estado)

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Escrito por Pepita Ortega e Fausto Macedo (via Agência Estado)
Publicado em 08.07.2022, 14:26:00 Editado em 08.07.2022, 14:31:50
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A Polícia Federal no Amazonas prendeu em flagrante, nesta quinta-feira, 7, Rubens Villar Coelho, conhecido como Colômbia, por uso de documento falso. O nome do preso é citado em meio às investigações dos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Philips.

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Colômbia é apontado como um dos financiadores da pesca ilegal em terras indígenas no Vale Javari, onde Bruno e Dom foram assassinados. Tem ligação com Amarildo da Costa Oliveira, o Pelado, que confessou o crime e indicou o local onde os corpos foram enterrados.

De acordo com a Polícia Federal, Colômbia compareceu espontaneamente, junto de seu advogado, à sede da corporação em Tabatinga para prestar esclarecimentos sobre o caso Bruno e Dom. Ele relatou que estava 'preocupado' com as citações constantes e disse saber que eventualmente seria chamado a esclarecer as menções, informou a corporação.

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Ainda de acordo com os investigadores, Colômbia negou participação no duplo homicídio, inclusive ser mandante dos assassinatos. Com relação à Pelado, citou uma 'relação comercial'. No entanto, durante a apresentação de documentos à autoridade policial, foi observada uma divergência.

'Colômbia' apresentou um documento brasileiro, que atestava que ele havia nascido em Benjamin Constant. No entanto, durante a oitiva, disse que nasceu em outro local, apresentando um documento colombiano com outro nome. Segundo os investigadores, há notícia de que Colômbia ainda tem um documento peruano, com dados distintos.

Os investigadores esperam que Colômbia permaneça preso até sua identidade ser 'esclarecida'. A prisão por documento falso não permite fiança e o suspeito passa por audiência de custódia ainda nesta sexta-feira, 8. A PF teme que, se 'Colômbia' for solto, ele fuja do País, o que é considerado pelos investigadores um motivo suficiente para prisão preventiva.

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A PF entende que é o caso de Colômbia não ficar em liberdade provisória, já que 'não se sabe a real identidade' do preso. A corporação entrou em contato com as autoridades peruanas para descobrir o nome verdadeiro do custodiado. Na identidade brasileira, seu nome é Rubens Villar Coelho. No documento peruano, consta o registro Rubem Dario da Silva Villar.

Há três pessoas presas sob suspeita de participação direta no assassinato de Bruno e Dom: Amarildo da Costa Oliveira; o irmão dele, Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como Dos Santos; e Jeferson da Silva Lima, conhecido Pelado da Dinha, que se entregou ontem na Delegacia de Atalaia do Norte. Eles tiveram a prisão temporária de 30 dias decretada pela Justiça do Amazonas.

A PF ainda investiga a suposta participação de mais cinco pessoas na ocultação dos corpos. Elas foram indiciadas, segundo informou a PF em coletiva nesta sexta-feira, 8.

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Nesta quarta-feira, 6, a Polícia pediu que as prisões dos três principais investigados no caso sejam convertidas em preventiva. O prazo da prisão temporária dos investigados termina nesta sexta.

O pedido deve ser analisado pela Justiça Federal, uma vez que a juíza Jacinta Silva dos Santos, da Comarca de Atalaia do Norte, no interior do Amazonas, declinou da competência do caso. A decisão atendeu um pedido do Ministério Público do Estado.

Ao analisar o relatório das investigações realizadas pelas Polícias Civil e Federal, a magistrada considerou que a motivação dos assassinatos de Bruno e Bom está diretamente ligada com os direitos indígenas, 'cuja análise da matéria jurídica é de competência da Justiça Federal', informou o Tribunal de Justiça do Amazonas.

Segundo a promotoria, a possível motivação do crime está ligada à defesa dos direitos indígenas decorrente da atuação do indigenista Bruno Araújo no combate a pesca ilegal dentro da reserva indígena do Vale do Javari.

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