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Petistas criticam Hugo Motta após presidente da Câmara afirmar que 8/1 não foi golpe

Deputados petistas criticaram o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), por desvincular os atos de 8 de Janeiro de 2023 de uma tentativa de golpe de Estado. Segundo os apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), uma possível análi

Gabriel de Sousa (via Agência Estado)

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Escrito por Gabriel de Sousa (via Agência Estado)
Publicado em 08.02.2025, 09:30:00 Editado em 08.02.2025, 09:36:16
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Deputados petistas criticaram o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), por desvincular os atos de 8 de Janeiro de 2023 de uma tentativa de golpe de Estado. Segundo os apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), uma possível análise do projeto de lei que busca anistiar os envolvidos na depredação dos prédios públicos é "descabido" e afronta os poderes constitucionais.

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Em entrevista à rádio Arapuan FM, de João Pessoa (PB), nesta sexta-feira, 7, Motta afirmou que os condenados por golpismo estão recebendo "penas muito severas". Segundo Motta, o assunto gera tensionamento com o Executivo e o Judiciário e, por isso, a Casa terá cuidado ao abordar o tema. "Eu não posso chegar aqui dizendo que vou pautar anistia na semana que vem ou não vou pautar de jeito nenhum", afirmou.

"O que aconteceu não pode ser admitido novamente, foi uma agressão às instituições. Agora, querer dizer que foi um golpe… Golpe tem que ter um líder, uma pessoa estimulando, tem que ter apoio de outras instituições interessadas, e não teve isso", disse o presidente da Câmara.

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A possibilidade de discutir a anistia fez parte da negociação do PL em troca do apoio a Motta, que foi eleito presidente da Câmara com 444 votos no último dia 1°. Como mostrou o Estadão, a declaração dele à rádio paraibana foi recebida com esperança por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Na primeira semana como presidente da Casa, Motta mandou outros recados ao Judiciário, sobre a transparência no uso de recursos públicos, e ao governo, sobre cortes de gastos. Eleito graças a apoios que abrangeram do PL ao PT, o paraibano também distribuiu acenos à direita e à esquerda.

Sem citar a declaração de Motta, a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), afirmou no X (antigo Twitter) que a votação da anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro é "descabida". Não se trata de atender o objetivo político deste ou daquele partido, mas de defender a democracia, respeitar e cumprir a decisão da Justiça sobre os ataques aos Três Poderes", afirmou Gleisi.

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O novo líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), também rebateu Motta sem citar o nome do presidente da Câmara. O parlamentar listou revelações da Polícia Federal que mencionam o entorno de Bolsonaro e disse que a depredação dos prédios públicos fizeram parte de uma estratégia para tomar o poder. "Tinha um plano, então eu quero aqui deixar bem claro, para a história, o 8 de Janeiro fez parte de uma tentativa de golpe de Estado violento", afirmou Lindbergh.

O vice-líder do governo na Câmara Rogério Correia (PT-MG) declarou que é um "negacionismo inaceitável" defender que os aliados de Bolsonaro não tentaram aplicar um golpe de Estado.

"Não vale um relatório de mil páginas aprovado no Congresso via CPMI? Não valem os múltiplos indiciamentos pela PF após provas e delações? Não valem as minutas golpistas na sede do PL? Não valem as bombas colocadas no aeroporto de Brasília e os planos de assassinato de Lula, Alckmin e Moraes?", afirmou Correia.

Também citando os aliados de Bolsonaro indiciados pela Polícia Federal (PF), o deputado Zeca Dirceu (PT-PR) disse que os suspeitos de golpismo, além de prever uma ruptura democrática, pretendiam matar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Na mesma linha, Rubens Otoni (PT-GO) disse: "Na verdade não foi "apenas" tentativa de golpe. Foi tentativa de assassinato".

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