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Permanência em ministérios pesou para Salles e Ramos selarem paz

Após desavenças públicas, o armistício entre os ministros do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, foi a solução para ambos se blindarem no governo. A avaliação de interlocutores do Planalto, que acompanharam no fi

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 27.10.2020, 07:00:00 Editado em 27.10.2020, 07:28:37
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Após desavenças públicas, o armistício entre os ministros do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, foi a solução para ambos se blindarem no governo. A avaliação de interlocutores do Planalto, que acompanharam no fim de semana a construção da trégua, é de que os dois sairiam perdendo se insistissem na briga.

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Salles, que tem o apoio da ala ideológica, é criticado pela condução da política ambiental, enquanto Ramos, integrante do núcleo militar, é apontado como o homem que ajudou a abrir as portas do governo para o Centrão.

Desde o início do embate, o presidente determinou o fim das brigas e evitou demonstrar preferência por um ou outro, em uma tentativa de se afastar mais uma crise. Portanto, no entendimento de auxiliares do Palácio, contrariar o chefe do Executivo, poderia transformá-los em substituições certas na minirreforma ministerial, aguardada para o início de 2021. No governo, existe a defesa que Salles seja deslocado para o Ministério do Turismo, no lugar de Marcelo Álvaro Antônio, enquanto Ramos poderia ganhar um cargo de assessor especial da Presidência.

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Salles acabou pedindo "desculpas pelo excesso", em mensagem publicada anteontem, enquanto Ramos disse que "uma boa conversa apazigua as diferenças". Ontem, a determinação do gabinete presidencial era para que os ministros tratassem o assunto como encerrado. Integrantes do Executivo, no entanto, admitem que se trata apenas de uma trégua. Procurados, Salles e Ramos não comentaram o caso, alegando que o assunto foi resolvido.

A briga entre os dois ministros se tornou pública na quinta-feira, após o chefe do Meio Ambiente se referir ao general como "Maria Fofoca" no Twitter, ao comentar uma nota do jornal O Globo, que afirmava que Salles estava "esticando a corda" com militares do governo. A reação de Salles ocorreu após considerar que Ramos agiu para tirar verbas do Meio Ambiente.

Salles foi respaldado por outros integrantes do governo, parlamentares bolsonaristas e os filhos do presidente, que saíram em sua defesa.

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Cerimônia

No dia seguinte, Bolsonaro agiu rápido para amenizar o atrito. Em cerimônia de apresentação da aeronave F-39E Gripen, na Base Aérea de Brasília, ele se deixou fotografar ao lado dos dois ministros, que prometeram ter uma conversa para aparar as arestas.

O presidente não gostou quando o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), entrou na briga, segundo interlocutores do governo. "O ministro Ricardo Salles, não satisfeito em destruir o meio ambiente do Brasil. Agora resolveu destruir o próprio governo", escreveu Maia, às 10h19 do sábado, 24. Às 13h18, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), também saiu em defesa de Ramos. "Não é saudável que um ministro ofenda publicamente outro ministro."

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Chamou a atenção que outros ministros militares não saíram em defesa do chefe da Secretaria de Governo. Os líderes do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), e do Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), também se abstiveram de comentários. Críticos de Ramos no governo apontaram no silêncio a aproximação de Ramos com o Progressistas, que tenta emplacar Arthur Lira (PP-AL) como próximo presidente da Câmara.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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