O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, sinalizou que a tendência é que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não indique um novo procurador-geral da República até o fim do mandato do atual comandante do órgão, Augusto Aras. Ao dizer que o chefe do Executivo não tem pressa com a escolha, Padilha disse que o presidente fará entrevistas com os cotados. "O Brasil já teve situações em que já teve procurador-geral interino em outros governos, não é uma exceção acontecer isso no País", disse o ministro, em entrevista nesta tarde ao UOL News. "É preciso lembrar que além de Lula escolher, o futuro PGR tem que ser sabatinado no Senado. Então, acho mais difícil tudo isso acontecer até o dia 26 de setembro." Na data, Aras deixa o comando do órgão. Caso o novo procurador-geral não seja indicado e aprovado até o fim do mandato de Aras, assume o comando a subprocuradora-geral da República Elizeta Maria de Paiva Ramos, que é vice-presidente do Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF). O ministro comentou que recebeu "todos que pediram para eu receber", citando o vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet, o subprocurador-geral da República Antonio Carlos Bigonha, além dos que estão na lista tríplice e outros procuradores. Segundo ele, Lula vai querer entrevistar os cotados. "Lula Tem que ter toda tranquilidade com a decisão; o tempo é dele, a prerrogativa é do presidente", declarou.
Padilha disse que a decisão para a vaga da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, que se aposentará no começo de outubro, ainda está "muito indefinida". Em sua avaliação, o presidente não está fechado numa posição de indicar uma mulher à Corte, porém tem preocupação em relação à ampliação do número de mulheres.
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