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Oposição busca nomes à direita para ato por impeachment de Bolsonaro

Partidos e movimentos sociais de oposição organizam um palanque ampliado para as manifestações pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro no próximo dia 2 de outubro. O ato deve ter nomes de destaque nacional de nove partidos, mas organizadores ainda t

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 28.09.2021, 19:19:00 Editado em 28.09.2021, 19:23:47
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Partidos e movimentos sociais de oposição organizam um palanque ampliado para as manifestações pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro no próximo dia 2 de outubro. O ato deve ter nomes de destaque nacional de nove partidos, mas organizadores ainda tentam ampliar a adesão de lideranças da centro-direita.

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A maior parte das siglas, que passaram a compor um grupo de trabalho para a organização dos atos pró-impeachment, já integrava a Campanha Nacional Fora Bolsonaro - com predomínio da esquerda e da centro-esquerda. No palanque da Avenida Paulista, no dia 2, eles terão o reforço de PV, Solidariedade e Cidadania. O modelo foi acertado em uma reunião com lideranças partidárias, coordenadores da campanha e o fórum Direitos Já!, que também reúne outras 10 siglas.

O Movimento Brasil Livre (MBL) teve uma breve participação na reunião. O ativista Renan Santos apareceu no final do evento, mas não firmou compromisso com a participação ou qualquer convocação para o ato. Há mais de uma semana, lideranças do movimento já sinalizavam que a chance de se envolverem no ato ao lado de rivais históricos, em especial o PT, era remota.

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O carro de som na Paulista terá mais nomes nacionais reunidos em relação às últimas manifestações convocadas pela esquerda. Confirmaram presença o presidenciável Ciro Gomes (PDT-CE), o ex-ministro Fernando Haddad (PT-SP), o pré-candidato do PSOL ao governo paulista Guilherme Boulos, o vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede) e presidentes de partidos como Carlos Lupi (PDT), Carlos Siqueira (PSB), Gleisi Hoffmann (PT), Juliano Medeiros (PSOL) e Luciana Santos (PCdoB), vice-governadora Pernambuco.

Não há previsão de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vá ao ato, segundo sua assessoria. Ele tem evitado comparecer nas manifestações para não motivar críticas de que esteja aproveitando o protesto como palanque de sua pré-campanha eleitoral.

O coordenador do Direitos Já!, Fernando Guimarães, diz que pretende usar os próximos quatro dias para convocar líderes de partidos ao centro e à direita do espectro ideológico. O fórum reúne desde a esquerda até siglas como PSL, PSDB e Novo, mas estas não se engajaram na articulação pelos atos do impeachment. Com o prazo curto, ele espera que esse seja um ensaio para uma manifestação mais ampla em 15 de novembro.

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"Vamos fazer um esforço para que lideranças de outros partidos participem, mesmo que não tenham posição definida sobre o tema", disse Guimarães. A campanha ganhou amplitude, o mais importante é que tem um gesto para que as lideranças de centro e de direita participem."

Segundo Guimarães, as entidades pretendem resgatar na manifestação o uso do verde e amarelo e temas patrióticos, como o Hino Nacional - que têm sido usados à exaustão em atos bolsonaristas. Há um compromisso para que, dessa vez, o carro de som não tenha bandeiras de partidos, como ocorreu em todos os atos da oposição até aqui, mas, sim, símbolos nacionais.

Parte dessa estratégia já foi experimentada na manifestação do dia 12 de setembro, organizada por movimentos oposicionistas de direita como MBL, Vem Pra Rua e Livres, que atraiu centrais sindicais e o PDT. Na ocasião, a organização pediu a convidados e militantes que fossem ao ato vestidos de branco.

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Segundo o presidente do diretório municipal do PDT em São Paulo, Antonio Neto, a organização ainda deve convidar o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), para participar da manifestação. "Creio que esse (ato) já vai se mostrar muito mais amplo entre personalidades de vários partidos políticos, além dos movimentos e centrais sindicais."

No dia 2, haverá ao menos três carros de som da organização, mas dois deles devem apenas reproduzir os microfones do palco principal. De acordo com a coordenação da campanha nacional, há pelo menos 76 cidades no País com protestos confirmados.

"Estamos animados em fazer um ato, digamos, um pouco mais ampliado do que os outros cinco grandes atos que fizemos", disse o coordenador nacional da Central de Movimentos Populares, Raimundo Bonfim, um dos organizadores da campanha nacional. "Há um clima bom para fazer um dia 2 mais ampliado, mas do ponto de vista concreto, mesmo, outras figuras de centro ainda não confirmaram."

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