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Oposição aciona PGR e TCU sobre ironia da Secom sobre Carlos Bolsonaro

O deputado federal Ubiratan Sanderson (PL-RS) enviou um ofício ao Tribunal de Contas da União (TCU) e à Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitando que haja apuração sobre um suposto desvio de finalidade das redes sociais administradas pela Secretar

Karina Ferreira, especial para o Estadão (via Agência Estado)

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Escrito por Karina Ferreira, especial para o Estadão (via Agência Estado)
Publicado em 30.01.2024, 13:51:00 Editado em 30.01.2024, 13:56:45
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O deputado federal Ubiratan Sanderson (PL-RS) enviou um ofício ao Tribunal de Contas da União (TCU) e à Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitando que haja apuração sobre um suposto desvio de finalidade das redes sociais administradas pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) do governo federal.

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Nesta segunda-feira, 29, o canal oficial do governo fez uma publicação ironizando a operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) em endereços ligados ao vereador carioca Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Segundo argumenta o oposicionista no documento, os perfis oficiais do governo estariam sendo usados para "para atacar adversários políticos, manejando a promoção pessoal do atual presidente da República" e "debochando" de adversários políticos. AoEstadão, ele disse que o episódio é "lamentável" e o "exato retrato de um governo irresponsável e perdido, que precisa apelar para esse tipo de baixaria para se manter no poder".

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No X (antigo Twitter), o ministro Paulo Pimenta, chefe da Secom, afirmou que publicações são fruto de "estratégia de marketing da comunicação digital".

Embora trate de um tema completamente diferente - o combate à dengue -, a publicação da Secom faz referência a um discurso da ex-deputada federal Joice Hasselmann, numa ocasião em que usou a tribuna da Câmara dos Deputados, em 2022. No discurso, Joice simulava como seria o dia em que uma operação da PF tivesse como alvo o então presidente Jair Bolsonaro. Apesar de ter sido eleita em 2018 na esteira do bolsonarismo, a ex-líder do governo Bolsonaro no Congresso, já estava rompida com a gestão federal quando fez a "encenação". Nesta segunda, a ex-parlamentar também reproduziu o meme.

OEstadãoquestionou o Palácio do Planalto se a publicação no perfil teve aval da Presidência da República e consultou a Secom a respeito do intuito da postagem, mas não obteve retorno.

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O chefe da Secom, ministro Paulo Pimenta, usou seu perfil do X para afastar as associações de uso indevido da pasta e aproveitou para alfinetar críticos. "É difícil para quem raciocina em uma linguagem analógica tradicional entender o papel dos algoritmos nas 'janelas de oportunidades e fluxos' que a comunicação digital precisar considerar."

O ministro termina afirmando que qualquer narrativa diferente da defendida como uma estratégia de marketing da comunicação digital, é "especulação e tentativa de tirar o foco do que é central e relevante neste momento".

Sanderson listou ainda outros memes usados pela Secom com teor político, em alusão a adversários do atual governo, para comunicar assuntos institucionais.

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Entre os exemplos, o deputado cita uma publicação feita no dia da cassação do mandado de deputado federal do ex-procurador Deltan Dallagnol, em junho de 2023. Na ocasião, uma imagem como a usada por Dallagnol, do PowerPoint que ligava as provas obtidas pela investigação a Luiz Inácio Lula da Silva, foi publicada para marcar 137 dias de governo petista.

Outro exemplo citado é de uma publicação sobre a declaração do Imposto de Renda, em que o leão, símbolo do fisco, aparece perguntando: "E aí, tudo joia?". A postagem ocorreu em meio à revelação feita peloEstadãosobre o escândalo envolvendo as joias recebidas pelo casal Bolsonaro do governo da Arábia Saudita e não declaradas à Receita Federal.

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