O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta segunda-feira, 8, em ato pró-democracia que marca um ano dos ataques de 8 de janeiro, que deseja "que todos os brasileiros - liberais, progressistas e conservadores - possam se unir em torno dos denominadores comuns da Constituição". "Ódio, mentiras e golpismo nunca mais", declarou. Barroso repetiu que o ataque não foi "fato isolado ou mero acidente de percurso, foi meticulosamente preparado". "O dia da infâmia foi precedido de anos de ataques às instituições, ofensas a seus integrantes, disseminação de ódio e mentiras", disse Barroso. "Passamos a ser mal vistos globalmente, um Brasil que deixou de ser Brasil." Apesar disso, destacou Barroso, "as instituições venceram e a democracia prevaleceu". De acordo com o ministro, a reação da sociedade e das instituições mostrou que "já superamos os ciclos do atraso" e que "já não há espaço para quarteladas ou descumprimento das regras do jogo".
O presidente do Supremo voltou a falar que o que mais o impressionou foi a mistura entre ódio e religião nos atos golpistas. "Que desencontro espiritual pode ser esse, que não é capaz de mínima distinção entre o bem e o mal, que tipo de inspiração terá empurrado essas pessoas para uma ribanceira moral?, questionou. "A violência, intolerância e extremismo só levam à decadência e à infelicidade", prosseguiu o ministro. E declarou: "O futuro por aqui se atrasou, mas ainda está no horizonte. Que o momento de tristeza, de desalento e de destruição do dia 8 de janeiro de 2023 marque, também, o início de uma nova era."
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