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Nunes vira peça-chave para projeto de Doria

Ao assumir a Prefeitura de São Paulo após a morte de Bruno Covas (PSDB) neste domingo, 16, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) provocou uma mudança na correlação de forças políticas no Estado, maior colégio eleitoral do País. Aliado do PSDB, Nunes é considerad

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 18.05.2021, 13:00:00 Editado em 18.05.2021, 13:08:53
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Ao assumir a Prefeitura de São Paulo após a morte de Bruno Covas (PSDB) neste domingo, 16, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) provocou uma mudança na correlação de forças políticas no Estado, maior colégio eleitoral do País. Aliado do PSDB, Nunes é considerado peça-chave na tentativa de levar o MDB a apoiar os projetos eleitorais do governador João Doria para 2022. Caciques emedebistas, porém, resistem ao plano e articulam alianças regionais com o PT de Luiz Inácio Lula da Silva.

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A intenção de dirigentes tucanos é que o MDB esteja tanto na aliança nacional, em uma eventual candidatura de Doria ao Palácio do Planalto, quanto na regional, num cenário em que o atual vice-governador, Rodrigo Garcia (PSDB), seria o candidato ao Palácio dos Bandeirantes.

O plano em São Paulo tem o apoio do deputado Baleia Rossi (MDB-SP), presidente da sigla, mas o dirigente evita se comprometer com o projeto nacional de Doria. Isso porque, antes, o governador precisa vencer as prévias do PSDB, inicialmente marcadas para outubro, e se viabilizar como presidenciável. Levantamento do Estadão com os 27 diretórios do partido nos Estados, no entanto, mostrou resistência ao projeto do tucano. Apenas três concordam em realizar a consulta interna neste ano. Uma corrente defende a definição de quem será o candidato da sigla apenas em 2022.

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Segundo integrantes do primeiro escalão da Prefeitura e do governo, Nunes já tinha afinidade com Doria antes da morte de Covas. O governador participou ativamente das articulações que escolheram o emedebista como candidato a vice em 2020. Agora efetivado como prefeito da maior cidade do País, a avaliação é de que Nunes ganhou estatura para ter voz nas discussões internas do MDB.

"Minha posição é que o MDB evite os extremos. Para 2022, defendo que o partido busque um nome que represente o centro, seja uma candidatura própria ou de outra sigla", afirmou Nunes ao Estadão.

Um dos possíveis entraves para o acordo com os tucanos, o empresário Paulo Skaf (MDB) ficou isolado na legenda com a ascensão de Nunes. Candidato derrotado na disputa pelo governo paulista em 2018 e próximo do presidente Jair Bolsonaro, Skaf recebeu recados de que não terá respaldo da legenda para uma nova tentativa no ano que vem. Em conversas reservadas, o presidente da Fiesp admite que está afastado da rotina do partido e ainda não definiu seu futuro político. Na condição de presidente municipal do MDB, Nunes chegou a consultar Skaf na semana passada sobre suas intenções eleitorais, mas saiu da conversa sem uma resposta conclusiva.

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Grupo político

No MDB, Nunes é próximo tanto de Baleia Rossi quanto do ex-presidente Michel Temer. Eles pregam a tese de manter a legenda no centro no momento em que o partido está emparedado entre uma ala governista e outra que se aproxima de Lula.

Para amarrar o apoio do MDB paulista ao seu projeto, Doria entregou ao partido nesta semana a Secretaria de Agricultura. O cargo será ocupado pelo deputado estadual Itamar Borges, nome ligado ao agronegócio.

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Os tucanos apostam no fortalecimento da relação com os emedebistas em São Paulo como trunfo no intrincado xadrez interno do partido, que é composto por alas regionais.

Integrantes da velha-guarda do MDB nordestino, como o senador Renan Calheiros (AL) e o ex-presidente José Sarney (MA), têm dialogado com Lula e rejeitam a ideia de apoiar Doria em uma campanha presidencial.

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Núcleo

Em outra sinalização da aliança com os tucanos, o novo prefeito disse também que pretende preservar integralmente a estrutura da máquina administrativa herdada de Covas, mantendo todos os secretários indicados pelo antecessor.

A exceção é o secretário da Casa Civil, Ricardo Tripoli, que não é considerado do grupo "covista" dentro do PSDB. Vereadores e até secretários avaliam que o ex-deputado não tem conseguido manter um diálogo "fluido" com a Câmara Municipal e por isso pode ser o primeiro substituído da gestão Nunes.

Nesta segunda, 17, em sua primeira agenda após ser efetivado no cargo após a morte de Covas, Nunes repetiu o discurso de que sua gestão é de continuidade. "Não existe mudança ou alteração. Participei com o Bruno da formação desse governo. Não tem por que mudar", declarou o emedebista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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