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No Rio, bolsonaristas lotam 6 quarteirões em ato pró-voto impresso e contra STF

Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro fazem uma manifestação neste domingo, 1º, na Avenida Atlântica, em Copacabana, no Rio, pedindo a volta do voto impresso. Os manifestantes revezam-se em discursos nos carros de som dos organizadores, repetindo argume

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 01.08.2021, 14:46:00 Editado em 01.08.2021, 14:52:37
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Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro fazem uma manifestação neste domingo, 1º, na Avenida Atlântica, em Copacabana, no Rio, pedindo a volta do voto impresso. Os manifestantes revezam-se em discursos nos carros de som dos organizadores, repetindo argumentos do presidente Jair Bolsonaro contra a votação exclusivamente digital. Fazem ataques a alvos diversos, desde parlamentares a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Também há críticas à imprensa profissional e a partidos políticos, especialmente de esquerda. O protesto reúne pessoas distribuídas ao longo de seis quarteirões da orla.

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Manifestantes vestidos com camisa da Seleção Brasileira, alguns com bandeiras do Brasil e muitos sem máscaras, carregam cartazes pedindo o voto impresso. Em volta de um dos carros de som, do Movimento Conservador, os manifestantes gritavam "Lula, ladrão, seu lugar é na prisão". O youtuber Bruno Jonssen disse que a vontade popular pelo voto impresso é superior ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Barroso tem defendido o voto eletrônico. "Isso é democracia" discursou o youtuber.

Barroso e outros ministros do STF têm defendido o voto exclusivamente eletrônico. Argumentam que a votação digital já é auditável. Dizem que, se houver a possibilidade de uma recontagem de votos impressos, candidatos derrotados tenderão a pedir recontagem. Também há preocupação com a possibilidade de mobilização, via redes sociais, de eleitores inconformados com a derrota de seus candidatos. Poderiam pressionar os escrutinadores do voto impresso e criar um ambiente favorável a soluções extraconstitucionais - por exemplo, um golpe.

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O presidente Jair Bolsonaro, que venceu várias eleições por voto exclusivamente eletrônico, tem exigido que o pleito de 2022 tenha voto também impresso. Indica que não aceitará o resultado apenas digital. Explicitou essa posição principalmente depois que pesquisas indicaram que sua popularidade caía e que não seria reeleito hoje.

O Estadão/Broadcast revelou que um emissário do ministro da Defesa, Braga Netto, e dos chefes militares disse ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que, sem votação impressa e auditável, não haverá eleição no Brasil no ano que vem.

Youtuber estimula ativistas a pressionar deputados

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Outro youtuber, Allan Frutuoso, apoiador de Bolsonaro nas redes sociais, prometeu divulgar na internet contatos dos gabinetes de deputados federais. O objetivo é possibilitar que os manifestantes possam cobrar os políticos, nos próximos dias, que os representantes votem a favor da PEC do voto impresso.

"Essa manifestação não termina aqui", prometeu Frutuoso, que considerou os protestos um momento histórico.

Uma manifestante, que se apresentou apenas como Valéria, defendeu em discurso que o voto impresso não seria em benefício exclusivamente de Bolsonaro.

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"Viemos defender não só o Bolsonaro, mas a nossa liberdade, o nosso desejo nas urnas, que precisa ser respeitado. Não estamos falando só do voto para o presidente. Vimos eleições nos EUA sendo fraudadas e não podemos menosprezar isso", disse ela. Seu discurso repetiu fake news que embalaram a invasão do Congresso americano por apoaidores de Donald Trump inconformados com a vitória de Joe Biden na disputa pela Casa Branca. Foi aplaudida pelos manifestantes.

O deputado federal e ex-atleta Luís Lima (PSL), que foi candidato a prefeito do Rio em 2020, disse que o País está refém dos ministros do STF. Mencionou Daniel Silveira, o deputado federal preso por ordem do ministro do STF Alexandre Moraes. O parlamentar divulgou vídeo em que atacava e ameaçava os ministros do Supremo.

"Apuração secreta (de votos) é crime. Os mesmos ministros que soltaram Lula são contra o voto impresso e auditável. Precisamos da contagem apenas do voto impresso, ainda que demore dois a três dias para contar", disse.

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