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'Não tem governo que não errou na pandemia', diz Omar Aziz, que deve presidir CPI

Nome apoiado pelo Palácio do Planalto para comandar a CPI da Covid, o senador Omar Aziz (PSD-AM) relativiza a atuação do governo de Jair Bolsonaro no enfrentamento da pandemia e diz que outros governos também erraram."Não tem governo, seja de direita, cen

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 16.04.2021, 16:07:00 Editado em 16.04.2021, 16:11:50
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Nome apoiado pelo Palácio do Planalto para comandar a CPI da Covid, o senador Omar Aziz (PSD-AM) relativiza a atuação do governo de Jair Bolsonaro no enfrentamento da pandemia e diz que outros governos também erraram.

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"Não tem governo, seja de direita, centro ou esquerda, que não tenha cometido equívocos nessa pandemia. Em todos os Estados, está tendo morte. O João Doria é 100% contrário ao pensamento do Bolsonaro. São Paulo, por acaso, está vivendo um mar de rosas?", questionou o parlamentar, em entrevista ao Estadão/Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Inicialmente com foco apenas nas ações e omissões do governo de Jair Bolsonaro, a CPI teve seu escopo ampliado para a análise de repasses federais a Estados e municípios após pressão de governistas. Dos 11 titulares, porém, o governo é minoria, com quatro senadores declaradamente aliados, dois de oposição e cinco com atuação considerada independente.

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Embora próximo ao governo, Aziz está no grupo dos indepententes. Ele é crítico à condução de Bolsonaro na crise do novo coronavírus no Amazonas, onde o parlamentar já foi governador. O senador do PSD afirma, porém, que não pretende transformar a comissão em uma fritura para o chefe do Planalto. "Esse discurso (eleitoral) não vai acontecer dentro da CPI."

Na entrevista ao Estadão/Broadcast Político, o parlamentar afirmou que um dos papéis da CPI será o de formular um protocolo para o enfrentamento de pandemias no País. "Não pode o presidente falar: não concordo com o ministro da Saúde, então eu demito. Não. O ministro da Saúde não vai ser demitido porque esse protocolo vai servir para ele e para qualquer um aqui daqui a 50 anos. A CPI tem que ter esse papel", disse Aziz.

Mesmo alinhado ao governo, o senador critica as posturas negacionistas em relação ao vírus, mas diz que Bolsonaro não foi o único a negar a gravidade da doença.

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"Não foi só político. Eu vi infectologista falando sobre imunidade de rebanho. Essa tese já foi para as cucuias. Tem gente se infectando. Essa coisa não tem data para passar. A nossa vida mudou. Acabou a conversa de mesa de bar: 'me dá um gole do seu drink, um trago do seu cigarro'. Beijo e abraço, não tem mais, filho", disse o senador.

O acordo costurado entre as legendas prevê que Renan Calheiros (MDB-AL), crítico ferrenho de Bolsonaro na crise, seja o relator da CPI, equilibrando o jogo na cúpula da comissão.

"Seja quem for o relator, ele não é o dono da verdade. Faz um relatório que a comissão pode aprovar ou não. Pode vir um relatório substitutivo, isso já aconteceu", afirmou Aziz à reportagem. "Não podemos entrar nessa CPI já com uma opinião formada sobre as coisas. O que a CPI tem que tirar é uma política de Estado para o combate a qualquer pandemia, não uma política do governante de plantão."

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