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'Não serei eu que vou cassar os limites políticos do presidente Lula', diz Haddad

O ex-prefeito de São Paulo e possível nome do PT para disputar as próximas eleições Fernando Haddad evitou na manhã desta sexta-feira, 12, confirmar que concorrerá à Presidência pelo partido em 2022 e disse que não seria ele a cassar os direitos políticos

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 12.02.2021, 11:35:00 Editado em 12.02.2021, 11:41:02
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O ex-prefeito de São Paulo e possível nome do PT para disputar as próximas eleições Fernando Haddad evitou na manhã desta sexta-feira, 12, confirmar que concorrerá à Presidência pelo partido em 2022 e disse que não seria ele a cassar os direitos políticos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nome preferido do partido caso seja autorizado pela Justiça a disputar as eleições.

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"Não serei eu que vou cassar os limites políticos do presidente Lula. Vamos deixar claro aqui que estamos em pleno julgamento da parcialidade do (ex-juiz e ex-ministro da Justiça) Sergio Moro", disse o petista em entrevista à rádio CBN.

Na última semana, conforme mostrou o jornal O Globo, o ex-presidente Lula orientou Haddad a percorrer o Brasil, se apresentando como pré-candidato do PT à Presidência da República para 2022. A avaliação do partido é de que não será possível esperar o julgamento da suspeição do ex-juiz Sergio Moro, que poderia restaurar os direitos políticos a Lula.

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Outro objetivo do partido com a andança pelo País é conter a mobilização que o atual presidente Jair Bolsonaro tem realizado, principalmente durante a inauguração de obras nas regiões Norte e Nordeste. "Não podemos esperar que um presidente que não assume o cargo e está em permanente campanha fique sozinho no espaço público falando as atrocidades que ele fala, inclusive propondo coisas que vão contra a saúde pública", afirmou Haddad.

O ex-prefeito de São Paulo afirmou também que o PT não deve deixar de apresentar um candidato à disputa presidencial, ainda que partidos de centro e esquerda defendam a tese de uma candidatura ampla. "Tenho o maior respeito pelo campo progressista, acho que temos de ter muita capacidade de diálogo, mas sempre fui da tese de que esta construção, em um País pluripartidário que tem a cláusula de barreira, é muito difícil os partidos não lutarem pela sua sobrevivência. Para isso (frente ampla), que tem o segundo turno", afirmou. "Se há divergências programáticas, a gente tem o dever de apresentá-las no primeiro turno".

Alianças

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Sobre alianças, Haddad defendeu a necessidade de "ter clareza em relação à direita que se diz democrática e antibolsonarista" a fim de conter o ímpeto bolsonarista. Nas recentes eleições parlamentares para a presidência de ambas as Casas Legislativas do Congresso, o partido se aliou a nomes da centro-direita e apoiou no Senado o candidato apontado pelo Palácio do Planalto, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e, na Câmara, defendeu a candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP), desafeto do partido pela posição favorável ao impeachment de Dilma Rousseff.

"Essa direita que se diz civilizada, que diz que o Bolsonaro é um escândalo, na verdade é tudo a mesma coisa. Falo isso com muita tristeza. Eu tinha a esperança de que esse pessoal, diante do descalabro que está acontecendo - essa agressão à imprensa e aos jornalistas, o Bolsonaro agrediu toda a imprensa brasileira - (fizesse algo). Ninguém fala nada. Ninguém diz nada", afirmou Haddad. "Nós resolvemos reagir. Vamos defender a democracia. Vamos defender a liberdade de imprensa. Apesar de não termos nenhuma simpatia pela imprensa, vamos defender vocês", afirmou Haddad durante na entrevista à CBN.

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