O empresário Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), disse, nesta segunda-feira, 8, que o X apoia o povo do Brasil "independentemente de filiação política" e questionou se o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes faz o mesmo. No domingo, 7, o ministro incluiu o bilionário no inquérito das milícias digitais por "dolosa instrumentalização da rede social.
Desde sábado, 6, Musk tem usado a rede social para criticar o ministro do STF. No X, o bilionário anunciou que passaria a descumprir ordens judiciais do STF para bloquear perfis de investigados por atos antidemocráticos. Ele também declarou que o ministro "deveria renunciar ou sofrer um impeachment". Em resposta, Moraes incluiu o empresário como investigado no inquérito das milícias digitais.
Em outra publicação, onde marcou o perfil oficial de Moraes, o empresário pediu um "debate aberto" sobre o assunto. Na postagem, Musk publicou um áudio em que ele conta que continuava recebendo exigências do ministro para suspender contas dos parlamentares e principais jornalistas do país. "Não podíamos dizer a eles que isso era a mando do Alexandre, tínhamos que fingir que era devido às nossas regras."
Segundo Moraes, o bilionário "iniciou uma campanha de desinformação sobre a atuação" do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), "instigando a desobediência e obstrução à Justiça, inclusive, em relação a organizações criminosas ordens emanadas da Justiça brasileira relacionadas ao bloqueio de perfis criminosos e que espalham notícias fraudulentas, em investigação nesta Suprema Corte".
Nesta segunda, o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, divulgou uma nota institucional com críticas ao que chama de "instrumentalização criminosa das redes sociais". Segundo ele, toda e qualquer empresa que opere no Brasil está sujeita à Constituição Federal.
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